CAPÍTULO DOIS

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Então Rohr se afastou um pouco, mas bem remotamente. Então, ela novamente apanhou minha mão novamente e saiu do transe. Ela estava bem assustada, incapacitada de dizer qualquer coisa. Já havia experimentado essa sensação antes, mas não deixava de me assustar, alguém sendo "controlado" como uma marionete. Busquei meus pensamentos e vi que ninguém estava ali. Murmuradores adoram invadir cabeças alheias, mas no meio de tanta gente, era difícil. Só minha mãe conseguia, seus murmúrios eram rápidos e afiados.
Quando Rohr me soltou para dançar com alguém de sua casa, mal respirei e Sonya Iral vinha em minha direção bem rápido, ela era silfo, bem rápida para o meu gosto. Então ela ficou me encarando com cara de quem espera alguma coisa. Olhei para os lados e vi meu pai me encarando e querendo dizer "não vai convidá-la" enquanto olhava onde estaria Cal. Mal tive tempo de pensar quando minha mãe invade meus pensamentos e diz:
"Chame-a filho"
Então gaguejei e disse:
- G-gostar-ia de dançar.
Sem hesitar, Sonya me puxou até o meio do salão onde Cal já estava dançando com uma garota. Soltei uns risinhos mentais. Então comecei a dançar quando Sonya disse:
-Você está meio calado para um baile.
-Ah é -respondi meio sem empolgação.- Estava a fim de beber um pouco.
-Dancemos primeiro, alteza.-esse nome me fazia contorcer a boca, mas me dava um certo gosto. Eu queria ser Cal. Sempre o centro das atenções, bonito, forte e eu... Eu sou só mais um.

a sombra da chama; maven calore [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora