Hoffen: Unidos

Capítulo 2

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Axel

Mal acreditei que aquela garota era a neta do governador Lorenzo. Era minha chance de orgulhar meu pai e mostrar serviço ao governador. Enquanto dirijo até a mansão do governador, observo a garota ao meu lado. Ela tira um colar de sua camisa e o observa, mas não consigo o ver direito, até a luz de um letreiro o iluminar e então reconheço. É o mesmo colar que tenho, ganhei ele da minha mãe, quando era pequeno, antes dela ser morta. A confusão se monta em minha cabeça, só existem três pessoas na cidade que possuem o mesmo colar, tento afastar esses pensamentos, não é hora para isso. Foco apenas em entregar a garota ao governador. Meu pai é general do exercito, o braço direito do governador. E agora tento seguir seus passos. Quando chegamos a primeira pessoa que encontro é ele, que me puxa para uma conversa.

- Não sabe como estou orgulhoso – Ele me abraça – O governador ficou eufórico quando você ligou.

- Só fiz meu trabalho – Digo. Tento esconder a felicidade que é ouvir ele me elogiar. Meu pai sempre foi muito duro e um elogio seu é motivo de muita honra.

- Continue assim e será como eu um dia – Ele me abraça mais uma vez. Volto até a garota e a levo para a sala do governador. Quando saímos de lá, ela parece assustada, eu também ficaria se descobrisse tantas coisas sobre mim em tão pouco tempo. Tento puxar assunto, mas tudo o que recebo é respostas mal humoradas e silencio. Levar Justine para a minha casa me parece uma má ideia, quando lá é tão chato. Levo ela para a casa dos gêmeos, com certeza eles vão animar ela e Mia pode emprestar suas roupas. E acho que agora temos um assunto em comum para tratar. Quando Max abre a porta, ele nos recebe surpreso.

- Quem é essa garota? Você tá namorando uma selvagem? Que sexy – Max diz e tudo o que recebe dela é um olhar furioso.

- Não sou uma selvagem, mas com certeza você é um idiota.

- Você está vestida como uma selvagem, suja e fedorenta também. – Seguro Justine antes que ela o mate.

- Chega Max – Nós entramos e logo Mia aparece.

- Quem é essa?

- Uma selvagem – Max responde.

- Se me chamar de selvagem mais uma vez, vou mostrar a você o que um selvagem faz com pessoas irritantes. – Mia encara ela brava, como eu pude pensa que traze ela aqui seria uma boa ideia.

- Se encostar no meu irmão, vou mostrar o que os não selvagens fazem – Mia diz, confrontando ela e me sinto em um campo minado.

- Chega – Entro no meio das duas – Ela é uma selvagem – Encaro ela, só para ter certeza que ela não vai me matar – Mas ela também é neta do governador – Justine arqueia a sobrancelha para Mia, retrucando sua provocação.

- A neta do governador morreu. – Ela encara Justine e sorrir, reviro os olhos.

- Na verdade ela virou uma selvagem – Justine diz soando o mais irônica possível.

- Pode emprestar umas roupas para ela? Justine tem que ficar com vocês por um tempo. – Mia me encara com uma certa duvida, mas Max sorrir e encara Justine dos pés a cabeça

- Por mim tudo bem, acabei de descobrir que selvagens são sexys. – Ele diz passando a língua pelos lábios, ignoro aquilo. 

- Max sem tratar ela como se ela fosse um animal. – Digo.

- Ou uma selvagem – Ela se vira para Max – Eu entendo o que você está falando, então para de falar como se eu fosse burra. – Justine fecha os punhos e a fúria parece brotar em seus olhos.