Capítulo 11

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Mia

Antes de irmos escrevo um bilhete para mamãe.

'' Desculpa por todas as vezes que fui grossa com você, eu só não sabia como dizer o quanto te amo. Talvez você não vá entender nossos motivos, mas precisávamos fazer isso, precisamos nos encontrar e essa foi a única forma. Prometo que se eu voltar, serei diferente, vou atrás de respostas que a muito tempo me atormenta. Eu te amo muito mamãe.''

De: Mia

Para: Mamãe

Max aparece com seu bilhete em mãos, nós dois entramos em acordo sobre cada um deixar suas explicações para ela.

- Pronta? – Ele pergunta.

- Sim – Respondo. Entrego meu bilhete a ele que o deixa em cima da mesa. – Ela vai nos perdoar? – Pergunto a ele, pensei que seria fácil deixar a cidade, mas só consigo pensar em minha mãe e como não quero que ela se sinta sozinha.

- Eu não sei – Max me abraça.- Ela vai entender, talvez.

- Preciso abraçar ela Max – Digo me entregando as lagrimas.

- Temos uma hora, se quiser.

- Acha que ela vai desconfiar?

- Acho que ela vai ficar feliz, mas tenta não ser essa Mia chorona que só eu conheço.

- Tudo bem.

Quando chegamos ao hospital, uma enfermeira nos leva até ela que está no refeitório tomando seu sagrado café. Ela nos encara surpresa.

- O que meus dois amores fazem aqui? – Mamãe pergunta.

- Ele me obrigou a vim – Reviro os olhos só para ela não desconfiar.

- Estávamos passando aqui perto, decidi vim dar um beijo em você. – Max diz dando um beijo nela e a abraçando. Mamãe me encara e me chama. Reviro os olhos novamente, mas vou ao abraço feliz.

- Eu amo muito vocês – Ela dá um beijo em cada um – Desculpa se não sou tão presente, vocês sabem como tudo é tão corrido pra mim. – Encara ela que parece realmente culpada.

- Tudo bem mamãe. – Max diz.

O CTphone dela alerta e vejo o holo indicando uma cirurgia a ela.

- Desculpa, eu queria poder ficar mais com você.

- Tudo bem – Agora sou eu quem diz, abraço ela o mais forte que posso. – Me orgulho de você.

- O que você fez com sua irmã? – Ela pergunta a Max.

- É só a Mia sentimental que raramente aparece. – Ele diz e abraça ela também. – Eu te amo.

- Eu amo muito vocês também e tenho orgulho de quem vocês são – Ela diz se levantando – Mas preciso ir. Se comportem por favor, talvez eu tire um dia de folga amanhã para ficar com vocês.

- Pode ser – Max responde. Encaro ele triste, eu poderia desistir de tudo isso agora.

- Max – Digo em lagrimas, não falo mais nada, ele apenas me abraça e me acompanha nas lagrimas.

- Vai dar tudo certo irmãzinha.

***********

Faz meia hora que estamos andando pela floresta seca. Sinto minhas mãos tremerem de frio e tudo que eu mais quero agora é o aquecedor da minha casa. Passo minhas mãos uma contra a outra na expectativa de me esquentar.

Hoffen: UnidosOnde histórias criam vida. Descubra agora