Capítulo 2

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CAPÍTULO DOIS

Naquele momento parecia que tudo estava congelado. Parado. Em suspenso. A espera do que aquelas duas pessoas falaria um ao outro.

Ryan esperava pelo que a mulher lhe diria. E tinha plena certeza de que ela diria algo. Pois sabia que ela o reconhecera.

 Pois sabia que ela o reconhecera

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— O que faz aqui?

Na voz dela pôde perceber que tentava controlar a raiva que sentia.

— Eu... — ele gaguejou.

O que diria? Pensou. Não tinha uma explicação coerente. Apenas sabia que precisava estar ali.

— Saia já daqui! — a mulher disse alterada.

— Calma, moça — Ryan levantou as mãos tentando com gesto mostrar a mulher que estava ali em paz.

— Você não tem o direito de estar aqui! Assassino! — Emily gritou.

Aquela palavra dita por ela o pegou desprevenido. Nunca havia escutado alguém falar daquela maneira com ele. Ficara na prisão, era certo, mas nunca fora insultado desta forma.

— Não precisa ficar nervosa, moça. Eu só vim aqui...

— Como chegou até aqui? Invadiu a propriedade? — ela o interrompeu e acusou.

Era verdade. Tinha pulado a cerca que delimitava os limites da fazenda. Contudo não o fizera por mal. Apenas não sabia como explicar a quem o inquirisse sobre o que desejava fazer ali.

— Vou chamar a polícia — ela disse pegando o celular.

— Calma! — Ryan disse ainda com as mãos erguidas — eu já estou saindo. Não precisa chamar ninguém.

Ela estava pronta para fazer a ligação. Ryan esperava que ela não fizesse, pois ele poderia se complicar. Sua liberdade condicional havia terminado há pouco.

— O que veio fazer aqui? — ela repetiu a pergunta o encarando fixamente.

— Eu... eu só queria... só queria ver onde ele foi...

— Você é louco ou o quê? Já não fez o suficiente? Tirou a vida dele! — mais uma vez gritou.

Ryan percebeu que apesar da agressividade notava-se que ela ainda sofria pela perda.

— Desculpe... eu.

— Vá embora!

Ele assentiu se encaminhando pela estradinha por aonde viera. Não olhou para trás, mas sabia que a mulher permanecera no local onde a deixou.

Emily sentia-se em choque, e também enfurecida. Ver aquele homem, o causador de todo seu sofrimento reabriu ainda mais a ferida que nunca havia realmente fechado. E principalmente naquele dia que, no passado, fora um dos dias mais felizes de sua vida.

O Segundo ForasteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora