16. Strands.

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"Eu sinto que preciso fugir."


Harry não tem certeza de onde ele está quando ele acorda.

Ele nem sequer se lembra de adormecer; a última coisa que ele se lembra é de deixar seu posto de guarda em uma das sedes oficiais, aguardando ansiosamente para poder ficar abraçado com Dusty e uma taça escassa de arroz frio que tinha na espera da volta em seu apartamento, quando um braço pesado apareceu em volta do seu pescoço e- puta merda, ele foi preso.

Harry vai para cima de onde ele está deitado, ou tenta. Mas seus pulsos e tornozelos são limitados por bandas de metal ameaçadoras presas em uma estranha maca branca de borracha. Porra. Ele se encontra de volta para baixo e olha para as luzes brilhantes. Há outras pessoas ao redor dele, Harry acredita, ele pode dizer isso, apenas porque ele sente que a sala é cheia de respirações que não são suas. Ele não pode dizer se as outras pessoas estão amarradas em uma maca como ele ou se são apenas pessoas o observando amarrado ali. Seus instintos lhe dizem que é mais do que provável uma mistura de ambos. A área em torno dele é cercada com vozes baixas e gemidos abafados.

Apertando os olhos fechados, Harry quase pode fingir que isso não está realmente acontecendo. O mundo tem dado um grande número de voltas confusas e acontecimentos que ele não pode controlar nos últimos meses, e ele só quer sua antiga vida de volta. Seu coração anseia pelo tempo mais simples, mas seu lado racional sabe que ele nunca poderá recuperar esses tempos novamente. Assim, ele pode muito bem abrir os olhos.

Harry encara as luzes fluorescentes radiantes e pesa suas opções. Há uma grande possibilidade de que ele ainda tenha quatro palavras e seria muito prático usar cada uma para fazer perguntas de o por quê ele estar aqui, mas ele não consegue forças as palavras da sua boca. Ele está com medo, com toda sinceridade.

"Puta merda", alguém cospe ao lado dele. Muito alto e muito bravo.

Puta merda, de fato.

"Louis?" Harry sussurra, com medo de quebrar o seu silêncio frágil.

Ninguém responde, mas Harry podia jurar que a pessoa soou como Louis.

Harry quase tenta dizer o nome dele de novo, desta vez mais alto, mas é abruptamente cortado pelo solavanco da sua maca se movendo para que ele ficasse forçadamente sentado.

Harry aproveita o novo ângulo, seus olhos procurando inutilmente ao redor da sala, à procura de alguma coisa, qualquer coisa que seja remotamente familiar nessa bagunça de novas mão tocando ele, vozes rápidas envolvendo ele até se encontrar com uma franja desgrenhada e vibrantes olhos à direita em frente a ele. Louis. Harry mantém os olhos presos sobre ele, tão focado e insatisfeito de não ver nada saindo de sua boca e a maneira que uma contusão está florescendo na maça do rosto de Louis, ele nem mesmo nota quando uma mulher vestida de cinza pressiona um pequeno pedaço de tecnologia no braço e ativa com um scanner. Há uma picada rápida e Harry olha para baixo bem a tempo de ver o sangue escorrendo de um quadrado perfeito de onde sua pele foi removida. Ela aperta um outro pedaço de seu equipamento sobre seu braço e uma vez que ela o removeu, parece que o pedaço de pele nem chegou a ser removido. Um gráfico de pele, então. Mas por quê eles precisam de uma amostra de sua pele em primeiro lugar?

A bobina pesada de pânico que tinha sido ativada em sua garganta desde que ele acordou está começando a apertar. Não se preocupe, tudo vai ficar bem, uma voz quente que é realmente muito parecida com como ele se lembra da voz de Gemma atravessa sua mente. Mas como ele pode não se preocupar? O que sobre as restrições pressionando firmemente contra seus pulsos e todo esse caos controlado que ele não entende que roda em torno dele? Onde ele está? Por que ele está aqui? O que ele tem feito para ser apreendido?

These Bountiful Silences ➸ larryOnde histórias criam vida. Descubra agora