Capítulo 6

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O dia passou de forma mais tranquila do que Clarke poderia ter imaginado. Mesmo não estando pronta para enfrentar Finn após o corrido, ou lidar com o quão impotente vinha se sentindo, a loira criou coragem para compartilhar com Octavia tudo o que havia se passado. Precisava de sua amiga. Lidar com isso sozinha estava sendo insuportável.

- Aquele desgraçado! – gritou octavia, levantando-se de supetão da cama da amiga. – Eu vou quebrar cada ossinho daquele maldito.

- Octavia! – exclamou a amiga. – Fale baixo, por favor! – pediu com um olhar abatido.

- Desculpe! – pediu a garota inclinando-se para abraçar a amiga. – Eu só... droga... não sei como lidar com o que ele tentou fazer. – explicou nervosa- Como você está?

- Nada bem! – respondeu a loira com um sorriso forçado. – Mas vou ficar.

- Clarke ... – começou a amiga, de forma cuidadosa. – eu sei que é algo sério, e que você ainda está perdida nisso tudo, mas isso é crime, você...

-Não! – cortou a loira. – Não vou fazer isso. Eu sei o que você está pensando, mas não posso, eu ainda ...

- Você ainda o ama!- constatou a amiga. – O que ele fez foi tentativa de estupro e você ainda o defende? – perguntou incrédula.

Clarke não sabia o que dizer. Como poderia explicar algo assim? Não havia justificativas que exonerassem o rapaz, mas eles estavam juntos a um certo tempo, esse o qual ela havia aprendido a se importar, a gostar dele. Obviamente o garoto que ela havia aprendido a amar não era nada além de uma farsa. A loira sabia que não haveria volta. Soube assim que o abandonou largado no chão, que não importasse os sentimentos que tinha por ele, iria matar um por um.

- Octavia...

- Desculpe! – pediu a amiga mais calma- Sinto muito. Eu deveria estar te ajudando e só estou piorando não é? – perguntou com um sorriso sem graça. – Desculpe! – repetiu puxando a amiga para um abraço.

A loira tentou responder para confortar a amiga, mas as palavras ficaram presas, e ao sentir o peso de tudo, desabou. O silêncio foi quebrado pelo choro.

- Tudo bem! – disse a amiga carinhosa – Você não está só.



A loira queria manter segredo, mas a amiga, após muitas conversas, a convenceu de que os amigos precisavam saber a verdade, caso contrário seria impossível manter Finn longe. Seria necessário excluir-lo do grupo se Clarke quisesse sentir segura e confortável novamente.

Foi preciso segurarem Bellamy para que o rapaz não esquartejasse o outro.

- Eu vou acabar com ele! – disse entre dentes. Me soltem.. – gritou, chamando atenção de quem passava para o grupo reunido em frente a escola.

"Definitivamente esse não era o melhor lugar para ter essa conversa" pensou Octavia enquanto segurava o irmão.

- Bell! – gritou a garota – Olhe para mim. – exigiu – Calma. Essa sua atitude não vai ajudar ninguém.

- Desculpe! – disse respirando fundo. – O? – chamou a irmã um tanto inseguro. – Ele já tentou algo assim com você? – perguntou cerrando os pulsos. – Ele...

- Não! – respondeu curta e grossa, para não deixar espaço para duvidas. – Bell, não se preocupe. Ok?

- Ok! – assegurou o menino respirando fundo.

- O que fazemos agora? – perguntou Raven, soltando o braço do amigo. – Se não vamos matar o cara, como resolvemos isso?

- Não resolvemos! – respondeu Clarke, que até então só havia assistido a cena, insegura demais para participar. – Vamos fingir que nada aconteceu... eu só quero distancia.

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