Por amor

Capítulo 17

Perdão a demora pessoal, pois estava fora e voltei escrever hoje! Espero que ainda lembram e gostem :)

Tem como gostar de duas pessoas ao mesmo tempo? Talvez sim, muitas pessoas conseguem trocar de "amor" todo dia, porque eu não conseguiria amar duas pessoas?

Eu ainda gostava do Cristian, mas tinha um queda pelo Guilherme -grande queda- Ele me fazia bem, me fazia sorrir, coisa que a muito tempo ninguém conseguia fazer. Eu sou uma pessoa bem confusa, me apaixono fácil, mas também quando odeio alguém...

O dia estava sendo ótimo, mas o Guilherme parece que resolveu sumir.. Tem quase uma hora e meia que ele não volta, ele foi fabricar os temperos? Só pode.

Ele havia deixado o frango assando em fogo baixo, como não sou boa em cozinhar a única coisa que fiz foi desligar até ele chegar. Deitei na cama e fiquei olhando para o teto.

Até que alguém entrou com tudo pela casa a dentro.

Guilherme.

- O que houve seu louco? -perguntei assustada- Calma garoto.

- Não me chama de garoto -ele respondeu nervoso.

- GAROTO, GAROTO, GAROTO -eu disse para provocar.

Ele me olhou nervoso, abaixou a cabeça e sentou na beira da cama triste.

- Calma Gui -disse passando a mão pelo cabelo dele.

Ele sorriu.

- Me chamou de Gui? Que coisa mais linda!

- Para seu idiota. - disse dando um tapinha de leve na suas costas.

- Liza, olha para mim.

Eu olhei.

- Sou um inutil, não sei o que estou fazendo aqui, só sirvo para magoar as pessoas.

- Você me faz feliz- disse sem querer.

Ele deu um sorriso, mas não um sorriso meia boca, aquele sorriso enorme que mostrava todos os dentes da boca mesmo.

- Você também me faz bem meu anjo.

Ele me chamou de "meu anjo", estou toda derretida. Mas claro que não vou me render fácil, até parece. Mesmo que já tinha me rendido, que droga, porque eu fui falar aquilo?!

- Agora levanta dai GAROTO e vamos acabar de fazer aquele frango, estou morta de fome.

- Como se você estivesse fazendo algo.

- Sem detalhes. -eu disse rindo.

Acabamos de fazer o frango. Na verdade, ele que acabou. Eu não fiz nada, somente olhei ele cozinhando ou quando ele me pedia algo eu pegava. O frango ficou ótimo, muito bom mesmo, tinha tempo que não comia algo tão bom assim.

Enquanto nos comiamos eu ficava olhando discretamente para ele e pensava "será que ele consegue gostar de mim?" uma pergunta que estava na minha mente que eu não iria saber nunca se não perguntasse para ele, mas não faria isso, claro que não, para ele rir da minha cara? Jamais.

Nunca tive muitas decepções em relação ao amor, até porque eu vivia em uma casa apenas com minha mãe, e eu não sabia nem o que era meninos direito, não sabia nem o que estava sentindo nesse momento que comia com ele, um frio na barriga, uma inquietação, uma vontade de abraça-ló, não sei explicar o que eu estava sentindo, talvez seja por isso que minha mãe sempre dizia que o amor era algo mágico, pois você não conseguia decifrar o que você estava sentindo. Eu acho que o amor é muito maior do que qualquer força do universo. É uma coisa que vem de dentro. Todas pessoas um dia se apaixonarão, você ainda não? Sente e espere pois seu amor pode está em qualquer lugar.

Eu ainda estava olhando para ele quando ele me olhou e disse:

- Tem algo errado, Liza?

Nossa, como eu estava viajando.

- Liza? - ele me encarrou.

Meus olhos estavam fixados em um parede, é, uma parede.

- Você está bem? - ele me perguntou

Ai que cai na real que ele estava me chamando.

- Oi, desculpa - eu disse- Eu estava pensando.

- Tudo bem.

- O almoço estava uma delecia - eu disse para desfarçar minha vergonha

- Delicia mesmo será a bagunça que você terá que arrumar na cozinha. - ele disse rindo.

- Se você está achando Guilherme que sairá daqui sem me ajudar está muito enganado. - disse fingindo está brava.

- Pois então senhorita Liza, sairei. - ele disse se dirigindo até a porta.

Eu me assustei na hora. A cozinha estava uma bagunça por causa do almoço que ele fez. Tinha pratos, panelas, garfos, copos, tempeiros espalhados, fogão todo sujo entre diversas coisas ainda piores. Aquela cozinha estava um horror. Antes mesmo de pensar fui atrás dele puxei seu braço e encarrei ele. Aqueles olhos. Ele me olhou com tanto fervor, que por alguns segundos pensei que ele me desejasse. Ele agarrou forte na minha cintura e sua mão passou levemente pelos meus cabelos. Ele me olhava tão profundamente, tudo que eu mais queria é que aquele momento durasse para sempre.

- Liza, olh..a - ele disse meio fanho.

Eu não disse absolutamente nada, esperava que ele continuasse.

- Eu não sei o que te dizer Liza - ele me disse meio timido. - Você é incrivel.

Eu não sabia o que responder... Que ele também era?

- Não precisa dizer nada, você deve está achando que eu sou louco né? - ele me olhou com aqueles olhos maravilhosos e tenebrosos ao mesmo tempo.

Porque não conseguia falar nada quando precisava? eu me odiava por isso.

Então ele me soltou

- Desculpas. - ele disse olhando tristemente para o chão.

- Sem problemas nenhum. - disse pegando na mão dele. - Agora você pode vim arrumar essa bagunça que você fez naquela cozinha seu danado.

Ele me olhou nos olhos e deu um sorriso forçado.

- Ou - eu disse abraçando ele - Não fica assim, você é ótimo, por isso quero sua ajuda. Você é uma pessoa incrivel.

Foi então que ele abriu aquele sorriso. Aquele de alegria que eu conhecia muito bem. Aquele sorriso maravilhoso que só ele tinha. Como eu gostava daquele sorriso.