O Casulo

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Casulo feito na primavera

Cesse tua voz alegre, cesse o luto que guardas

Porque eu me lembro do tempo em que tudo era bom

Os ventos frescos, a felicidade verde das folhas

A Natureza vivendo nas árvores

Agora tudo concreto

Tudo cinza, feio, duro e frio

Antes o rio murmurava, tudo murmurava

Antes um paraíso de odores, 

E a tua voz, o casulo preso na árvore da vida


E agora, que meu prazer se tornou tédio

Que a minha alegria se tornou dispersão elétrica

Preso nesse casulo, que não germina se não estiver em uma árvore

Que não germina, se não tiver vento, chuva, oxigênio

Quando despertará?

Nunca?


N.N. 02.03.16


Romãs Sem Cor - PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora