nine

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[jimin]

a sensação de ter dedos passando pelo meu cabelo, quase muito real, me fez querer ficar assim um pouco mais, ou talvez pra sempre. 

não me importei em trancar a porta mais cedo, já sabia que jungkook viria. 

em algum momento entre terminar minha copiosa quantidade de tema de casa que eu tinha e esperar por jungkook, eu peguei no sono. 

e talvez acordar assim não fosse uma coisa tão ruim, a mão se movendo lentamente do meu cabelo e parando gentilmente ao lado do meu rosto. 

era quente, suave

eu não pude resistir, me inclinei no seu toque, maravilhado com a sensação que me deu, e o pequeno tremor, a respiração instável que estava sendo emitida acima de mim. 

abri meus olhos devagar, a pequena figura de jungkook entrando em foco, olhos arregalados e rosto vermelho me olhando, rapidamente tentando se afastar, antes que uma mão rápida o prendesse no lugar, por que, eu não quero que você pare, não agora

jungkook me olhava de volta ansiosamente enquanto eu sorria, olhando a minha volta. ele estava sentado com as pernas dobradas debaixo de si, com os joelhos no colchão. seu caderno estava perto dele, parado em uma página aleatória com uma caneta em cima, como se ele estivesse escrevendo alguma coisa, sentado pacientemente perto de mim, me esperando acordar

"jungkook" eu sussurrei, sua cabeça se curvou, seu pulso pequeno ainda na minha mão. peguei a sua mão e a coloquei no meu peito, enquanto brincava com seus dedos delicados. 

"tudo bem" eu assegurei com um sorriso. ele pareceu relaxar um pouco, ainda evitando contato visual, com os olhos fixados no espaço vazio entre eu e ele. 

eu inclinei minha cabeça para o lado contrário do travesseiro, tentado olha-lo nos olhos. 

"você pode se deitar se quiser" eu disse baixinho, indo para o canto dando tapinhas no espaço para ele perto de mim. 

jungkook aceitou, enrolando seu corpo cuidadosamente no meu, encarando a parede com as orelhas vermelhas, e eu não pude deixar de sorrir. 

eu rolei para o meu lado, lentamente me aproximando e colocando uma mão cautelosamente na cintura dele, antes de serpentar ela em volta de sua pequena figura e o puxando gentilmente para mais perto. 

"tudo bem com isso?" sussurrei, tendo certeza de que tinha ultrapassado todas as fronteira naquele momento. ele assentiu devagar, com as mãos descansando gentilmente em cima dos meus braços enquanto eu ria baixinho, pressionando meu rosto em suas costas e saboreando seu cheiro doce e característico. 

eu não tinha certeza se ele podia ouvir meu coração batendo, ou se ele se importava - se importava com o fato de estar batendo tão rápido, batendo por ele, por causa dele

me perguntei sobre o que ele estava pensando enquanto encara a parede branca, todas as sombrar douradas que minha lâmpada criava, perguntava se aquilo parecia certo pra ele também, sendo abraçado daquele jeito, tão perto, misturando o calor do corpo. 

"jungkook..." eu sussurrei depois de um tempo, sua cabeça virando um pouco numa tentativa de fazer contato visual, antes de descansar no travesseiro. 

"por que..." eu comecei, apertando ele, o abraçando como se fossem tirar ele de mim se eu não o agarrasse firme. 

"por que você não tem permissão para sair com garotos?"

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era óbvio que o pai de jungkook era praticamente seu mundo; eu tinha um pouco de ciúmes da relação próxima deles. 

ele contou (escreveu) algumas de suas memórias favoritas com ele, e como ele era protetor em relação a jungkook -  o que me deixou feliz, por que definitivamente jungkook merecia tal atenção.

jungkook obedecia todas as suas regras, como; seu toque de recolher, suas maneiras. 

e quando ele me disse inicialmente que não tinha permissão para sair com garotos, pra se apegar a garotos, particularmente,  por causa de seu pai, minha mente se perguntou nos cantos mais profundos - ele estava o machucando? ele era rigoroso?

não, a razão era por que ele estava com medo dele se machucar

ele estava com medo que jungkook, o garoto frágil que gostava de flores e de segurar minha mão por debaixo da mesa, pudesse se machucar, por que jungkook é o tipo de garoto que precisa ser protegido, precisa ser apreciado por tudo o que ele é. 

e eu não poderia concordar mais. 

só a ideia de ter alguém tirando vantagem de um garoto tão inocente, me deixava apreensivo. 

eu não pude resistir a ambição que crescia em mim, o desejo de fazer o pai dele mudar de opinião; mostrar pra ele que nem todas as pessoas eram más. 

o desejo de segurar sua mão em público, de abraçar ele.

o desejo de chamar jungkook de meu. 

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  © nerdyjimin 

oi oi, gente vcs perdoam meus erros de português se tiver e não desistem de mim ☮✌  lou 

colors [jikook]Where stories live. Discover now