Capítulo II

8.6K 527 39
                                    

Como vocês já devem imaginar, eu levei sim o maior carão dos meus pais. Mas consegui faze-los franquear apenas com um olhar de cachorro abandonado.

No dia seguinte, quando olhei no relógio ao lado da minha cabeceira já eram umas 11:00 da manhã! Nossa meu Deus. Como pode eu dormir tando assim?

Mas aí eu me lembrei que hoje era sábado. Ebaa hoje é sábado!!! Então eu posso dormir mais. Na hora que eu deitei na cama, a minha mãe chama:

- Samanthaaa desce aqui agora!!!

Aff, que azar que eu tenho ein? Sai do meu quarto do mesmo jeito que eu tava, ou seja um short super, iper, mega pequeno. Ué eu uso esses shorts para dormir. E uma blusa de mangas até o pulso e é de xadrez.
Quando cheguei na cozinha, minha mãe estava super atrapalhada fazendo panquecas. Como eu sou muito legal, comecei a rir. Mas eu ria tanto que quando ela olhou pra mim com a cara cheia de trigo. Eu só faltei desmaiar de tanto rir.

- HAHAHA! Muito engraçada. Anda aqui pra mim ajudar menina.

- Ah foi mal mãe. Mas é que a sua cara está muito engraçada.

- Tá tá, eu sei que eu estou lindíssima, não precisa ficar com inveja.

- Eu? Com inveja? Só que não, né mãe?

- Tanto faz. Agora me ajuda aqui, porque seu irmão e seu pai já tão acordando.

Juntas fizemos muitas panquecas. Tacamos melados em todas, eu peguei o leite na geladeira, e a minha mãe pegou os cereais e os pratos no armário.

Dentro de minutos o meu pai é o meu irmão chegaram.

- Hum, que bom que minhas duas meninas se importam tanto comigo, aponto de fazer panquecas para mim!

É, liga não meu pai e assim mesmo.

- Bom vamos comer?

- É pra já.

Todos nos sentamos na mesa e atacamos tudo. Como todo santo dia, eu tenho que arranjar uma briguinha com o meu irmão.

- É aí Poste? Já pediu pra prefeitura botar uma luz em você? Porque é só o que falta.

- HAHAHA, é você já pediu para o zoológico te botar em uma jaula?
- Já chega os dois.

- Mas foi ela quem começou pai.

- Não interessa quem começou, só quero que pare os dois.

Meu pai não viu, mas assim que ele terminou de falar, o meu irmão tacou uma chutada na minha canela, que eu acho que ainda está roxa.

Como eu não sou besta, disfarçadamente dei um beliscão no braço dele. Que ele passou horas esfregando.

- Muito bem família, hoje como é sábado e eu estou de folga. Vamos todos comer fora.

- Mas... tipo vamos almoçar e jantar fora ou... só jantar fora?

- Bem pensado Sam. E aí Teresa? O que você acha?

- Ah eu não sei querido.

- Vamos mãe.

- Tá tá, então se querem sabe eu acho que é melhor so jantarmos fora.

- Ok. Então já está decidido.

A noite, meu pai fez uma reserva no melhor restaurante da cidade. Então meio que tínhamos que nos vestir super bem.

Então eu peguei no meu guarda-roupa um vestido até os meus joelhos meio roxinho, e sandálias de salto alto pretas. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo no alto da cabeça.

Quando desci as escadas todo mundo já estava me esperando. Minha mãe estava linda, usava um vestido até os joelhos, e ele era vermelho com um salto preto.

Meu pai e meu irmão estava com o tradicional terno e gravata. Então juntos fomos na garagem e meu pai pegou o nosso carro. No caminho ao restaurante foi uma guerra pra ver quen escolheria a música.

Lógico que fui eu quem ganhou, então eu botei uma música que eu e minha mãe adoramos: Hallo - Adele.

Juntas fomos cantando o caminho inteiro, com o meu pai e meu irmão reclamando sobre mulheres complicarem tudo.

Quando chegamos no restaurante, já estava lotado. Eu acho que por ser sábado, as pessoas ficam com preguiça de fazer comida.

- Boa noite. O que desejam?

- Eu vou querer macarrão ao molho de tomate. Tudo bem pra vocês pedir macarrão?

- Claro querido.

- Então é isso amigo. Macarrão ao molho pra todos.

- Ok. Só um instante.

Esse um instante foi na verdade, 30 minutos. Eu tenho raiva quando eles dizem 'um instante' por que na verdade demora eras.

- O que vão querer para beber?

- Coca-Cola. Vocês têm aí?

- Claro. Um instante.

O refrigerante já chegou mais rápido, ao contrário da comida...

Depois que terminamos de comer, meu pai pagou a conta e fomos para casa.

Quando abrimos a porta, todos tomamos um tremendo susto. Mesmo na sala, sentado no sofá, estava um homem de braços cruzados.

- Quem é você?

Quando o homem se virou, meus pais tomaram um susto. Mas ele não era feio. Ele era lindo. Cabelos pretos estilo militar, um profundo olho castanho que de tão escuro era quase preto. Eu acho que os meus pais já conheciam esse cara.

- Boa noite senhores, mas é que a porta estava fechada e os senhores não estavam em casa. Então resolvi entrar e esperar.

- Quem é você?

- Olá Samantha. Você cresceu.

- Como sabe o meu nome?

- Samantha vá para o seu quarto.
- Mas pai!

- Agora!!

Odeio quando eles fazem isso. Me deixam completamente fora de tudo. Mas mesmo assim fui para o meu quarto.

Acho que de tanto eu ficar tentando ouvir de trás da porta, e não ter sucesso. Acabei ficando com sono. E eu acho que de tanto cansada que eu estava. Nem tirei a roupa que eu estava. Apenas deitei na cama e dormi.

Destinada ao AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora