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Sabby P.O.V

Alguns trompetes soando alto, empregados correndo de lá para cá, o sol que invadia meu quarto e minha concentração para a missão chamada "durma bela adormecida"...

-Senhorita AnnLynn? - ouvi alguém me chamar

- Eu? - respondi, tirando o travesseiro do meu rosto

- Ainda na cama? - Math, meu fiel mordomo disse entrando no quarto e eu pude ver o quanto estava barulhento lá fora.

- Provavelmente sim né? - disse botando meus chinelos e indo ao calendário - Oh não! Hoje é...

- Então se lembrou majestade? - ele me interrompeu puxando a porta do meu armário - Vista-se, milhões de pessoas a esperam lá fora - ele saiu e eu corri para o armário procurando algo que realmente servisse e que não chamasse muita atenção, não queria ser notada por todas aquelas pessoas.

Vesti um vestido azul com alguns bordados que minha mãe havia me dado no meu aniversário de 15 anos

Ouvi alguém bater na porta, era Rowan, minha melhor amiga desde sempre: - ROW! - a abracei, deixando algo cair de suas mãos - desculpa.

- Não, tudo bem - ela pegou e estendeu o embrulho para mim.

- Um presente? - peguei tentando abrir com os dentes.

- Sim - ela riu - acho que vai gostar - ela mordeu os lábios e eu finalmente consegui abrir

- Um colar! - eu peguei e em seguida abracei ela - obrigada, eu amei! Mas, espera... Só tem um lado!

- Adivinhaaa??? É o colar das best friends forever - ela disse tirando a outra parte dele do bolso - pra nossa amizade nunca ser esquecida.

- Nunca será! - eu a abracei e os nossos colares brilharam, nós rimos.

- Bom, agora tenho que ir B, te vejo lá fora - ela correu um pouco e desceu as escadas correndo, provavelmente queria guardar seu lugar na primeira fileira.

Eu me dirigi devagar ao espelho, sorrindo, como o colar dela tinha me dado um brilho especial! Pude ouvir os trompetes de novo, fui até a janela e vi todas aquelas pessoas chegando, amontoadas e fazendo fila para entrar no castelo, o que mais me doía era ver algumas chorando, por motivos diferentes, talvez, mas olhe bem, ERA CHORO!

Ouvi baterem na minha porta de novo

- Quem é?
- Eu de novo senhorita, só vim lembrá-la que o evento já começou e sua mãe está lhe chamando, IMEDIATAMENTE! - ao ouvir essa palavra "gigante" sai correndo, ninguém suportava minha mãe gritando, não queria isso, nem pra mim nem para ninguém

Cheguei lá e Sarah estava me olhando meio estranho

- Sabrina - ela cochichou tentando manter a pose e eu fui até ela - porque demorou tanto?

- Me desculpa, tive uns imprevistos

- Caham - olhei para o lado e vi minha mãe, a rainha de Canter Candy, o que tornava Sarah quase uma rainha e eu... Bom, só da família real mesmo, mas tinha que ficar lá, era obrigatório! Ajeitei minha coluna e fiquei ereta, o que todos queriam ver...

E lá estávamos nós, eu em pé ao lado de Sarah e nossa mãe no meio, atendendo a todos os pedidos das pessoas e resolvendo todos os problemas, e como ela fazia bem aquilo, resolvia tudo ou dava uma desculpa sem mesmo nem enrolar a língua ou pedir ajuda a alguém que realmente soubesse o que fazer.

Virei minha cabeça para frente observando todas as pessoas pedindo ajuda ou entediadas com a demora, mas algo que realmente chamou minha atenção: Um jovem rapaz, alto, moreno claro, olhos verdes, prestei tanta atenção nele que quase até cai. Ele viu minha situação e me agarrou o que me fez ficar bem perto de seu rosto.

- Desculpe - ele me soltou me deixando totalmente vermelha

O salão todo nos olhou, mas logo minha mãe voltou a atender o pedido de todos, até chegar a vez dele, que vinha acompanhado de um homem mais forte, não tão bonito quanto ele, lógico pedindo ajuda.

- Bom dia majestade - ele se curvou - meu nome é Robert, e esse é meu filho Peyton, faz oito semanas que vim aqui e ninguém fez nada sobre a minha horta, estamos desesperados e poderemos ficar sem comida! E não temos um banquete igual você e a família real.

- Eu já disse que irei resolver, mandarei a vigilância sanitária  para ver sua horta, não irá ficar sem comida, eu prometo!

- Irei ficar aqui até resolverem isso - ele sentou em uma cadeira e era insistente demais pra mim.

- Ahn... tem várias pessoas na fila se poder das espaço para elas eu agradeceria - ela disse um pouco impaciente, mas se eu fosse ela não faria diferente

- Não irei sair daqui - ele disse fazendo Peyton ficar com vergonha.

- Sabrina resolva isso - ela olhou para mim.

- Eu?
- Está vendo outra Sabrina aqui?
- N-Não - desci encarando Peyton preocupada - senhor Robert? o que poderia fazer por você?
- Me chame pelo sobrenome, Meyer.
- Ah, okay senhor Meyer - olhei de relance para ele que estava tentando não chamar muita atenção

- Acho que você poderia levar alguém para analisar minha horta, não?

- Ahn... Sim! Vou chamar alguém

- Isso poderia ser agora? - ele disse impaciente

- Sim senhor Meyer

- Math chame a vigilância sanitária - minha mãe disse e Math correu para o telefone.

*20 minutos depois*

Math chegou com eles e Peyton e Robert se despediram, eu queria poder ir também mas infelizmente tinha um baile hoje com que eu iria ter que escolher o "meu príncipe" para a coroação da minha irmã, não queria isso, mas essa vida não me deixa escolhas...

Passei a noite toda pensando em Peyton, naqueles olhos maravilhosos, e em como eu queria mesmo ter pelo menos dado um "oi" mas não tinha rolado...

- Brini? - Row me chamou me fazendo acordar de toda a fantasia.
- Olá Row
- Quem era aquele garoto?
- Que garoto?
- Aquele que te segurou para não cair
- Não sei...
- Eu percebi que você sentiu algo por ele, não é? - ela me encarou
- Você me conhece mesmo, hein? - eu ri ainda pensando nele
- Sabrina... - ela me olhou preocupada e logo me deu um abraço
- Qual o problema?
- Ele é um plebeu... e você da família real! Não iria rolar... e além disso vocês são completamente diferentes - por mais que doesse admitir, ela tinha razão, nunca iria rolar nós dois, e além disso ele nem me deu muita bola...
- Senhorita Blanchard seus pais o esperam no salão - Math anunciou e ela saiu depois de um abraço apertado e um "te vejo mais tarde" - e você Sabrina?
- Quem te deu essa intimidade Math? - eu brinquei - Já vou, dois minutos
- Okay, não demora - ele insistiu em dizer isso e logo em seguida foi embora e eu fechei a porta, já estava com a roupa perfeita então só desci.

Hey HuckleberryOnde histórias criam vida. Descubra agora