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Chegando lá vi que tinham vários garotos, uns bonitos, outros nem tanto, alguns timidos mas nenhum se comparava ao Peyton... Logo tirei esse pensamento da cabeça e fui até minha mãe

- Pra quê tudo isso? - disse sussurrando enquanto todos eles me olhavam.

- Você irá escolher seu príncipe para a coroação da sua irmã princesa - Math interrompeu me deixando completamente confusa.

Eu teria que escolher o "meu príncipe" pela aparência? Não pelo que ele é de verdade? Isso era uma loucura, não, sem chances!

- Ahn... Isso hoje? Pode me dar um tempo?

- Não! - minha mãe disse sendo completamente insensível - Ainda temos milhões de detalhes para resolver antes da coroação precisamos resolver isso aqui logo.

- Okay...

Math chegou ao lado de um que estava com um topetezinho e um sorriso amarelo: - Este é o príncipe Bradley, das ilhas do Sul - Bradley se curvou, depois veio até mim e deu um beijo em minha mão, corei totalmente, mas não senti nada e em seguida olhei para Math, desaprovando.

- Não? Ok - ele chegou ao lado de outro e assim em mais outro e o salão inteiro.

Já estava sentada quando mais e mais príncipes percebiam meu encômodo, não estava feliz, estava com sono, e já eram 2 da manhã.

- Já escoheu majestade? - ouvi a voz de Math

- Ahn... escolhi o quê? - disse sonolenta

- O-o seu príncipe

- Ah... isso - olhei para a frente e vi vários garotos, daí lembrei onde estava e o que estava acontecendo - Preciso de tempo...

- Você precisa de disciplina! - Minha mãe disse me levantando e me fazendo caminhar até o meio deles, onde me senti o mais desconfortável possível.

- O menos charmoso... escroto... o mais simples... Já que isso é pra hoje - pensei.

Olhei para o lado e vi um sujeito chique, que já tinham me apresentado, mais não tinha prestado muita atenção, olhei seu crachá e li "Corey" hmm bonito, não muito charmoso, envergonhado da situação e um pouco confuso - COREY! - gritei sem querer - caham, digo, Corey... - tentei me ajeitar

- Ótimo! - minha mãe disse - agora já posso ir dormir - ela se retirou

- E a todos os 568 que não foram escolhidos peço que se retirem por favor, a princesa precisa ter um momento a sós com o seu príncipe - SOS, ele só era o cara com quem eu ia dançar numa festinha qualquer, não precisava de um tempo a sós com ele, precisava IR DORMIR
Math se retirou e ficamos eu e ele, olhando pro teto, quando eu decidi finalmente quebrar o silêncio

- Quantos anos você tem?
- Eu? - ele disse, meio abobado
- Sim - tentei rir
- 16 - ele disse e logo voltou a olhar o chão
- Eu também - disse e algo fez ele rir - Qual a graça?
- Eu já sabia - ele parou - sou apaixonado por você desde pequenininho, meu pai sempre botava na minha cabeça que eu iria casar com você um dia - olhei para ele assustada

- Desculpe... - ele voltou a olhar o chão

- Não tudo bem... Tem gente que sonha alto - olhei pro teto

- Não sonhei tão alto... Olha onde eu estou hoje, sentando ao seu lado, no seu castelo, isso já é o céu pra mim - ele mordeu os lábios

- Não vamos para a lua tá? - tentei ficar de bem comigo mesma, queria que ele soubesse que só escolhi ele por que era o menos escroto daquele salão, não porque eu era fã dele e já sentia a "química" eu não sabia o que era o amor, e não seria ele que iria me ensinar isso - Math! - eu o chamei

Senhorita? - ele respondeu rapidamente, parecia até que já estava lá, escutando a conversa

- Estou com fome e sono, não estou afim de conversar mais, poderia preparar a carroagem do senhor Fogelmanis? Por favor?

- Ah... sim senhorita - ele se retirou, parecia assustado, estranho...

- Boa noite - olhei para ele e me retirei já chegava de meninos pertubando a minha vida

Vesti um pijama e fiquei escrevendo em meu diário, que era trancado a sete chaves, literalmente! Guardava muitos segredos lá, ninguém tinha as chaves, só eu (bom, eu acho). Acordei com meu despertador e meu diário em cima de mim, parece que eu tinha escrito muita  coisa nele ontem a noite
Tranquei ele e escondi no mesmo lugar de sempre, me vesti e desci, todos já estavam lá, a criada logo serviu panquecas deliciosas

- Então B, como foi ontem? - Sarah perguntou, meio excitada

- Legal... - eu respondi, sem ânimo

- Só legal? Você escolheu seu namorado né? Não pode ter sido só "legal" - ela disse me deixando um pouco furiosa

- Não escolhi meu namorado, só a pessoa que irá dançar comigo na sua coroação.

-  E na dança vocês terão um beijo perfeito e serão felizes para sempre, certo? - ela e minha mãe riram, me deixando totalmente desconfortável.

- Não estou mais com fome - empurrei a cadeira e sai correndo até o jardim.

- Ah! Aí está você! Estava mesmo lhe procurando - Beth disse - Você tem visita princesa

- Visita? - perguntei assustada, eu não recebia visitas já faz quase um ano, tipo aquelas diretamente sabe?

Ela me levou até uma parte do jardim onde vi Peyton, olhando a fonte do jardim

- o que ele faz aqui? - sussurrei ao seu ouvido

- Não sei, mas ele insistiu muito, então deixei entrar, mais olha, ele trouxe flores - ela apontou para a mão dele sorrindo - boa sorte - ela disse e saiu

Acho que ele ouviu os passos dela ou nossa conversa, pois logo se virou e deu um sorriso, o sorriso que me deixava zonza, mas eu me segurei, sentei ao lado dele para não arricar cair: - O que faz aqui?
- Então você se lembra? - ele disse se sentando ao meu lado
- Não... Só de ter visto seu pai fazendo um escândalo
- Desculpe, peço desculpas por ele - ele disse sendo totalmente fofo
- Não tem que pedir desculpas pelo erro dos outros - eu ri, sem perceber - além disso, como vai a horta?
- Ótima! Eles resolveram tudo! Obrigado por nos ouvir!
- Não tudo bem... mas porquê veio aqui?
- Queria saber como você estava, e te convidar para a abertura de uma nova escola, lá na cidade.
- Não sei se posso ir, não posso sair daqui sem a autorização da minha mãe.
- Isso mesmo - Ouvi uma voz familiar, logo me virei e vi minha mãe, com os braços cruzados
- Magnífica - ele se curvou
- O que está fazendo aqui rapaz? o problema da horta já foi resolvido, não?
- Sim, já foi, eu estava apenas convidando sua filha - ela o interrompeu
- Princesa Sabrina! Mais respeito por favor, e eu sei da abertura da escola, nós iremos lá hoje, mas escute bem, OK? Temos mensageiros para nos avisar sobre esses tipos de eventos, e pelo que eu sei você não é um - ela disse, sendo completamente rude
- Ele teve uma boa intenção mãe, desculpe, ele já vai embora - olhei para ele, não queria que fosse, mais era preciso
- Tchau - Ele olhou pra mim, me deu um abraço e foi embora

- Vou para o meu quarto - disse, mas ela me impediu

- Está proibida de falar com esse rapaz ou qualquer outro plebeu ouviu bem? - apenas concordei sem falar nada e me retirei, no final aquilo seria bom para todos

[...]

Hey HuckleberryOnde histórias criam vida. Descubra agora