1. O Plano em Rascunho

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    29 pessoas fechadas num compartimento. Uma delas era eu. Um aluno completamente normal, com um sonho incomum. E foi precisamente na aula de Português que este me ocorreu. Todos nós estávamos cansados de escrever, preocupados com o resultado do teste. Estava no Grupo II, numa pergunta bastante difícil, por isso parei um pouco, para pensar. Pensei tanto, que quando dei por mim estava a divagar.

   Fez-se luz! Eu já sabia como ía tornar o meu sonho realidade. Então comecei a montar um esquema mental nesse preciso momento. E foi quando a Mariana interrompeu o meu raciocínio!

   - É melhor apontar tudo o que estive a planear para o caso de alguém me interromper outra vez. E porque é que ela me está a pedir ajuda, quando ela é melhor que eu a Português? - pensei eu.

   Mas bem, lá lhe disse a resposta que para mim, era a mais acertada. Finalmente acabei o teste... Fui o último a entrega-lo e ainda deixei o Grupo III por fazer! Despedi-me da professora Margarida e arrumei as minhas coisas junto com a folha de rascunho que utilizei para fazer os apontamentos relativos ao meu plano.

   Ao ir a pé para casa, ainda me surgiram mais ideias, devia estar mesmo inspirado naquele dia! Enfim, cheguei a casa, pousei a mochila no meu quarto e depois foi beber um copo de água á cozinha. A minha mãe estava lá e disse:

   - Olá filho! Desculpa por não te ter ido buscar, a mãe recebeu uma chamada urgente do trabalho e não teve hipótese. Mas, conta-me, como é que foi o teu dia?

   - Não faz mal, eu compreendo. Tirando a parte em que estive a fazer um teste para avaliação de Português, até correu bem. O Francisco foi expulso da aula e a professora Adéria esqueceu-se de nos dar a aula de Matemática. Um dia normal!

   - Muito bem! Essa professora anda muito esquecida!

Acabei de beber água e estava a ir para o meu quarto, quando a minha mãe diz:

   - O jantar está quase pronto, não demores muito.

- Sim, mãe! - disse eu.

   Posto isto, foi a correr para o meu quarto, pois sabia que não tinha muito tempo e comecei a ler o meu rascunho. Acrescentei mais algumas coisinhas e depois passei tudo para o computador. Passado 30 minutos concluí essa mesma tarefa. Recebi uma chamada no Skyle do Paulo. Ele queria saber se eu queria jogar com ele. Eu estava prestes a aceitar, quando a minha mãe chama-me para ir jantar. Disse-lhe que mais tarde jogávamos e foi para a mesa. Quando estávamos a jantar, disse aos meus pais que no teste de Português tinha deixado por fazer o Grupo III por falta de tempo, não lhes ía contar que foi por causa de eu ter estado a pensar noutras coisas, pois eles não devem saber deste meu segredo de forma alguma. Eles disseram-me para eu tentar gerir melhor o tempo e para estudar mais para a próxima, pois assim, não íria gastar tanto tempo em cada pergunta. Enquanto eles falavam, eu percebi que não podia levar a minha ideia para a frente sozinho. Eu precisava de companheiros nesta nova jornada.

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