Testes de Sucesso & Cábulas S.A

7. O Regresso ao plano

- Escondam as peças nos armários! - sussurrei eu preocupado.
No mesmo instante que o meu pai entrou na sala, as portas dos armários fecharam-se. Foi por um triz!
- Que foi este barulho?
- Qual barulho? - disse eu a tentar disfarçar.
- Não quero que andem aí a bater com as portas.
- Não te preocupes pai. Nós não tornamos fazer isso.
- Portem-se bem e não façam asneiras.
- Sim, pai.
- Ufa! - pensei eu.
Pelas caras do pessoal, reparei que todos tiveram o mesmo pensamento de alívio que eu.
O meu pai foi-se embora. Abrimos as portas dos armários mais confiantes, com a sensação de que íamos vencer tudo e todos. Este pequeno gesto de abrir as portas dos armários significava para nós o recomeço ao  plano (ou à execução do plano).
- Vamos lá a isto - disse a Joana entusiamada.
Começamos a montar de novo as peças, pois com a confusão provocada pelo medo de sermos apanhados pelo meu pai, desmontamos umas peças das outras sem querer.
A ansiedade quase levou aquele momento de montagem à eternidade. Mas enfim, a última peça estava no seu devido lugar.
Estava na altura de experimentar-mos se todo aquele trabalho árduo e dedicação tinham valido a pena!
A Liliana pegou numa folha qualquer que tinha lá em cima de uma secretária e deu-ma.
- Experimenta com esta filha para ver se está a funcionar. - disse a Liliana.
Nessa altura, todos olhavam para mim acenando a cabeça com ar de aprovação, mas eu disse:
- Não. Apesar de ter sido eu a ter esta ideia, eu não conseguiria fazer isto sem a vossa ajuda. A partir de agora, nós os cinco estamos nisto juntos, para o bem e para o mal, por isso vamos ligar o Detetor de Superfície(DS) todos ao mesmo tempo.
Eu coloquei o meu dedo por cima do botão "Power" e logo a seguir a Joana colocou o seu por cima do meu.
- Vamos lá gente, coloquem aqui os vossos dedos por cima do meu, ou não querem saber se isto funciona? - disse a Liliana apressada.
O Paulo, o Jaime e a Joana tiraram as caras de como uma crianca tem quando recebe um brinquedo novo e colocaram os seus dedos uns por cima dos outros. Olhamos uns para os outros com um sorriso de orelha a orelha e fizemos a contagem decrescente:
- 1, 2, 3! - dissemos nós ao mesmo tempo.
Carregamos no botão, marcando assim um acontecimento inesquecível nos nossos corações. Chegara a altura de ver se o DS funcionava...