E se eu fosse você?

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Hello, it's me. Estou de volta, pessoas! E venho aqui com o primeiro capítulo de Falsidade Ideológica. Lamento dizer que não tenho dias fixos de postagem, pois o único tempo livre que tenho para escrever é no ônibus. But, espero que gostem da aventura da Liz.

Me digam o que gostaram, o que odiaram, o que pode melhorar. 

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7 meses antes

O meu sonho sempre foi ir para a Academia Metamorfose, a melhor universidade para quem deseja seguir carreira no ramo artístico. Eu poderia ser considerada uma stalker dessa universidade. Sei tudo sobre ela, ano de inauguração, corpo docente, cursos oferecidos... tudo.

E o que eu mais quero fazer é artes cênicas, quero ser atriz. E descobri isso aos 7 anos quando estava participando de uma peça da Branca de Neve na escola. Eu era a árvore número 3, um papel não muito importante, mas ao ver o orgulho nos olhos da professora e a felicidade da plateia eu percebi que era aquilo que eu queria fazer. E que era exatamente ali onde eu deveria estar, no palco. E foi a partir daquele dia que eu passei a me dedicar à arte da atuação.

Papai e mamãe acharam bonitinho no início, mas depois foram totalmente contra.

— Elizabeth, entenda que você não tem talento. Isso nunca dará certo! — essa passou a ser a frase preferida de meus pais.

Eu não nego que no início eu era horrível. Não foi à toa que eu era a árvore e não a Branca de Neve. Mas com o passar do tempo eu me dediquei ao máximo e melhorei bastante, eu acho.

E a família inteira estava ansiosa para saber o que estaria escrito na carta lacrada com o selo de uma borboleta azul que chegaria hoje. O selo da Academia Metamorfose. Uma pena que a carta não estava endereçada a mim e sim ao meu irmão gêmeo, Lucas Seward.

Lucas nunca se interessou em atuar. O que ele sempre amou fazer desde criança foi cantar, e isso não seria problema na minha família se não fosse o que ele cantava: heavy metal.

A minha família não aprovava a gritaria demoníaca que Lucas chamava de música.

E músicos na família só no estilo clássico, por isso o problema com Lucas e sua banda, Blue Eagles.

O lema dos meus pais é: Se vive em baixo do nosso teto, seguirá as nossas regras.

Isso explica o fato de Lucas estar esperando uma carta da Academia Metamorfose para cursar artes cênicas. E o fato de eu ter que cursar medicina na Universidade Medicinales. Que injusto, não?

— Elizabeth e Isabela desçam já! A carta chegou. — gritou mamãe do andar de baixo.

Levantei de minha cama lentamente. Suspirei de frustração e saí do quarto. Minha irmã mais nova, Isabela também tinha acabado de sair do dela.

— O grande dia chegou, você não está animada Liz? — perguntou Isa com um grande sorriso.

— Super. — revirei os olhos enquanto fazia carinho em suas madeixas.

Descemos e eu vi mamãe arrancando a bandana vermelha da cabeça de Lucas.

— Quantas vezes eu já falei pra você não usar isso? — esbravejou.

Lucas ao me ver deu um breve sorriso, retribuí.

— Pare com isso Taylor, vamos ao que importa. — sorriu papai com a carta na mão. Ele olhava pra carta com verdadeira adoração.

— Certo, certo. Todos pra sala!

Sentamos todos no sofá e papai abriu a carta, entregando-a para Lucas. Meu irmão leu, engoliu em seco e pareceu ligeiramente desapontado.

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