A História Das Sombras

Capítulo 4

* A foto mídia, é a minha inspiração para o colar.

     - Irmã... me prometa, quando ela fizer 17 anos, você contará tudo para ela, meu... Meu.. Feitiço não durará tanto tempo assim, eu.. Fiz tudo que podia.. Um pouco antes dos 17... Vai aparecer. Ela precisa entender, ela precisa conhecer seus limites, ela precisa conhecer a sua força. Ajude-a, ensine tudo que puder... Conte toda a história... Não esconda nada, eu confio em você, eu te amo...E com um último suspiro, ela fechou seus lindos olhos.
    

Callie acordou com um pulo, estava suada e assustada, fazia muito tempo que não sonhava com a irmã, Callie lembrava das suas palavras, lembrava do seu olhar, do seu sacrifício. Callie se sentia egoísta, mas estava fazendo o que é certo para a sobrinha .
Ela ficava triste, mas tentava não transparecer, as mudanças de cidades deixava Callie frustrada, porque em cada cidade tinha uma lembrança do crescimento de Saphira. Mas Callie sabia que era necessário, isso só era um pouco de sacrifício que devia, Ela iria fazer de tudo por sua sobrinha. E aquele colar era a prova disso, ela estava adiando, com medo, mas sabia que estava perto, ela podia sentir.
Callie pensava que estava deixando Saphira protegida com o colar, mas ela estava tremendamente errada.

***

Saphira estava com uma dor terrível na cabeça, ela sentia pontadas fortes, tontura.
Allison estava muito preocupada, Saphira tinha reclamado de dor depois do intervalo, mas agora parecia pior, ela estava pálida. E com as pontas dos dedos, ela tentava massagear a região da testa. Mas estava nítido que não estava fazendo efeito
Allison que estava atrás da amiga, entregou um bilhete;
"  Mare. Você parece mal, está muito pálida.
Obs: Se você não pedir para ir embora eu peço, você está péssima.
Alli "

Saphira leu o bilhete e logo escreveu uma resposta;

  " Eu estou bem, deve ter sido algo que comi, e antes que você pergunte, eu não sei o que foi
Obs: Já estou melhor, não precisa de tudo isso, já vai passar, é só uma dor de cabeça normal.
Mare  "

Saphira olhou para trás e acenou positivamente com a cabeça, Allison olhou para a amiga com atenção, e concordou. E recebeu um pequeno sorriso de resposta.

Saphira pensou em todas as coisas que aconteceram nesses últimos 2 anos, sua amizade com Allison, ela nunca imaginou que encontraria uma amiga assim, uma amiga que confiasse inteiramente. Ela conhece Allison como ninguém, sabe como ela fica em seu aniversário, ela se culpa pela morte de sua mãe, é um dia difícil para ela e seu pai. Ela ficava arrasada com o pai, cada vez que ele levava uma de suas namoradas para casa, o modo que elas tentavam mandar no lugar, mas elas nunca ficavam mais de um mês. Sr. Evans é um homem reservado, ele comanda uma empresa, e está sempre viajando, e quando está em casa, está com mulheres. Elas ficam pouco tempo, e quando começam com as cobranças e com os típicos "Pode me chamar de mamãe" , ele logo as mandam embora.
Allison ajudou muito Saphira no começo, mas não foi uma amizade de primeira. Ambas não se abriam. As duas com problema de confiança. Saphira já tinha mudado tantas vezes que não queria uma amizade que sentiria falta depois, e Allison por ser filha de um empresário tinha medo que Saphira só quisesse os benefícios dessa amizade. Mas mesmo com toda a desconfiança, elas acabaram se aproximando e se tornando inseparáveis.

Saphira sentiu outra pontada em sua cabeça, agora mais forte. Ela começou a se sentir inquieta, precisava sair da sala, pediu licença a professora, e saiu cambaleando pelo corredor.

 Estava suando frio, sentia calafrios pelo corpo, se apoiou na parede próxima e tentou regular sua respiração, seu coração batia forte no peito. Ela não entendia o que estava acontecendo, sua mente estava barulhenta, com pensamentos desconexos e sussurros incompreensíveis.  Ela queria barrar essa dor, sua cabeça piorava, seu corpo tremia, com um ultimo lamento de dor, ela sentiu tudo saindo de si. Quase não percebeu quando os vidros do corredor se explodiram ao seu lado. Apenas sentiu uma última pontada, e tudo escureceu.

***