'' 30 ultimo ''

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agora que já sabem oq acontece com a payton no final, podem finalmente ver o trailer oficial da fanfic

no trailer a morte dela é por acidente de carro pois a ideia inicial era essa mas com o avançar da fic, decidi que deveria ser mais trágico rsrsrsrsrs  

trailer aqui ::: 



[avisando que este capitulo não será muito grande, é apenas para concluir a fic. mesmo assim, ainda terá epílogo.]

HARRY P.O.V

O despertador toca e levanto-me do chão para o ir desligar. Não dormi nem um segundo esta noite. Como seria possível dormir se umas horas depois seria o funeral da pessoa que mais amamos no mundo?

Dou um ultimo gole na minha garrafa de whiskey, deixando-a em cima da mesa. Nada parece fazer sentido. Ainda só passaram três dias desde a sua morte e parece que eu já estou sozinho nesta casa à anos. A sensação de perda é avassaladora e agora tenho a certeza de que ela era realmente o único raio de luz na escuridão da merda da minha vida.

Remexo nas suas coisas, sentindo o seu cheiro. Suspiro. O colar preto com uma seta que Payton usava basicamente todos os dias está lá e não hesito em pegar nele. Observo-o na palma da minha mão, colocando-o pendurado no meu pescoço.

O fato preto já está no meu corpo e espero que o meu perfume e a pasta dos dentes afaste o odor a álcool. Agarro no meu telemóvel com a tela partida depois de o ter atirado contra a parede, saindo de casa. Nunca desejei tanto que um carro viesse contra o meu e me livrasse deste vazio. Não consigo sentir nada, e isso é pior do que sentir tristeza. 

Caminho com a cabeça baixa, com uma das mãos no bolso das calças, pelo chão cinzento do cemitério, sabendo que cheguei meia hora mais cedo. Os meus óculos escuros fazem o dia parecer ainda mais aborrecido, mesmo que esteja quase a chover.

Mas é assim mesmo que está o meu mundo agora. Aborrecido. E ainda só passaram três dias. As saudades ainda irão piorar imenso, e eu sei disso. A dor irá, eventualmente, acabar por aparecer. Não vou continuar a sentir nada por muito mais tempo. Eu pressinto isso.

Paro de andar, encarando uma mulher, não muito mais velha que eu, a chorar ajoelhada a uma campa. Tem uma rosa branca na sua mão e as lágrimas saem furtivamente dos seus olhos. Eu ficarei assim? Bem, pela Payton eu ficaria até pior.

Acho que eu também deveria ter comprado uma rosa branca. Mas a minha Payton nunca foi fã de coisas normais. As duas rosas pretas, amarradas por um fio branco, combinam muito mais com ela. E eu sei disso porque uma vez ofereci-lhe um ramo de rosas pretas. Recordo-me exatamente de cada traço do seu sorriso quando as viu. Sorriso que nunca verei novamente.

Encaro o meu relógio. É agora. Dirijo-me exatamente ao lugar onde sei que será a campa da Payton, vendo já uma multidão. Junto-me lá tentando não ser notado. Não quero criar nenhuma conversa, não estou psicologicamente bem para isso. Choco-me quando vejo a minha mãe e a Gemma. Continuo no meu lugar, encarando cada uma das pessoas. Imensas pessoas da minha idade. Provavelmente amigos dela.

''Harry..'' abraçam-me a chorar e reconheço imediatamente a sua mãe. Abraço-a de volta, não emitindo nenhuma palavra. Coloco o meu braço por cima dos seus ombros quando o padre começou a falar, observando o Peter a ser acalmado por Gemma.

Prostitute || H.S || TerminadaOnde histórias criam vida. Descubra agora