Capítulo 26

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Música: Loser
Artista - Bigbang

~Maya-2 dias depois~

Hoje é um dia normal, o céu ta azul sem nenhuma nuvem, o vento balança as árvores e arranca algumas de suas folhas.

O dia ta calmo, nem parece que dois dias atrás estava havendo uma guerra.

Fim de aula, ando até o estacionamento do colégio e me sento num dos bancos.
Esses dois dias que passaram me deixaram bem mau, não consigo parar de pensar naquelas cenas.

Assim que termina as aulas eu venho para cá e espero minha mãe, que ultimamente não tem tempo de ficar em casa.

Os professores sempre perguntam sobre Isabella, falar que ela está morta é bem difícil. Bianca não fala durante as aulas, assim como o resto que estava presente.

Ouço um barulho de buzina, minha mãe, me levanto e ando até o carro, abro a porta, entro e coloco o cinto fechando a porta em seguida.
- Ta tudo bem filha? - Minha mãe pergunta.
- Como ele está? - Pergunto se referindo ao meu pai.
- Mal. O estado dele é grave, tenho medo de não conseguir ajudá-lo.
- O medo é o seu pior inimigo. Não deixe ele te possuí. Você tem que vencê-lo.
- É fácil falar meu bem...

Ela para o carro num estacionamento do hospital, saímos do carro e entramos no recinto.

Ela pega uma prancheta na recepção e vamos para o elevador, aperto no andar do quinto andar e a porta do elevador se fecha.

Quando chegamos no andar o elevador se abre e saímos. Minha mãe vai para o corredor da direita, onde fica o quarto do meu pai e eu apenas vou em frente.

Ando até o quarto 503, bato na porta e entro. Dylan está dormindo, uma enfermeira está trocando o seu soro, vou até o sofá-cama e me sento colocando minha mochila ao meu lado.
- Provavelmente ele logo irá acordar querida! - A enfermeira diz.
- Ok, obrigada. - Dou um sorriso de lado. Ela termina de trocar o soro e sai do quarto.

Eu to morta de cansaço. Deito no sofá, apoio minha cabeça na mochila e durmo.

~Dylan~

Abro meu olhos lentamente, me ajeito na cama e vejo Maya deitada no sofá. Coitada.
Todo dia ela vem aqui me visitar, sai da escola e vem direto pra cá, ela anda com a mente pertubada esses dias.

Dou uma tossida e vejo os olhos de Maya se abrindo, ela senta no sofá e coça os olhos.
- Desculpa te acordar, May. Pode voltar a dormir.
- Não precisa, já descansei o bastante.
- Tem certeza?
- Sim, não se preocupe.

Ela pega sua mochila, tira seu caderno e abre numa certa página.
- É o dever de física. Me ajuda? - Ela pergunta.
- Claro, amo física!
- Por isso mesmo eu to pedindo sua ajuda. - Ela ri e se senta ao meu lado na cama.

~Bianca~

Chegando no hospital vou diretamente para o elevador e aperto no botão do quinto andar.
Quando ele se abre corro até o quarto 513, bato na porta e entro.

Minha mãe ainda está deitada naquela cama, desde aquele dia ela nunca mais acordou. Rebecca disse que ela está num coma e que demora muito alguém acordar de um coma.

Me aproximo dela e dou um beijo em sua testa. Seu rosto pálido, cabelos perdendo a cor... É horrível ver sua mãe nesse estado.
- Eu faria de tudo para você acordar, mãe.

~Dylan~

Depois de estudar e ajuda Maya em física ficamos conversando até as 19 da noite, ela foi embora junto com a mãe.

Novamente estou sozinho nesse quarto, Maya so vem dormir aqui sexta e nos fim de semana. Meu pai ainda não veio aqui, o que é estranho pois ele vem aqui todo os dias.
- Filho? - A porta se abre. - Tudo bem?
- Sim. Como ela ta?
- Dylan, ela...
- Ela?
- Talvez seja transferida....
- Como assim? Transferida pra onde?
- Para um hospício. Tivemos que colocar ela numa camisa de força. Aquilo tudo foi demais para ela. Primeiro o acidente, em seguida o sequestro, a guerra e agora isso... Tenho medo dela não resistir a tudo, que ela acabe se cansando e...
- Não! Ela não vai se cansar, eu conheço a minha mãe e sei que ela vai conseguir passar por tudo isso. Ela não vai desistir!
- Dylan, se acalme! Você não pode se estressar.
- Pai, como você quer que eu fique calmo? Minha mãe está louca por causa daquilo tudo. Ela não merecia isso! - Digo ja chorando.
- Melhor você descansar, ta bom? Não quero deixá-lo mais estressado. - Ele sai do quarto.

~Maya~

Acordo ao som do meu despertador, me levanto da cama e vou para o banheiro. Tomo um banho e depois escovo meus dentes, coloco uma roupa e desço para tomar café da manhã.

Luke já está sentado na mesa comendo seu cereal, seu rosto permanece triste desde aquele dia, uma criança de 10 anos presenciar aquilo é muito forte.
Ele tem tido pesadelos, não presta atenção na aula e está ficando com depressão.
- Luke, irmãozinho, fica assim não, por favor! - Dou um abraço nele e ele da um pequeno sorriso sem mostrar os dentes.
- Eu tô tentanto May, mas é bem difícil...
- Sim, eu sei... - Ele se levanta e sai da cozinha. Pego a tigela onde ele estava comendo seu cereal e a lavo.
- Vamos crianças! - Minha mãe nos chama.

~Grace~

Eu estou ficando louca!

Minha cabeça está toda pertubada, eu não sei o que fazer!

Eu sinto falta da minha antiga vida, estou chorando por tudo que acontece comigo.

Eu quero ficar em paz com meu filho e meu marido, mas infelizmente fui condenada.

Nesse momento estou sendo segurada por uma camisa de força. Estou deitada na minha cama olhando para o teto branco e tentanto distrair minha mente.
- Grace? - Aquela voz... Noah!
- Noah! - Digo me levantando as pressas e indo o abraçá-lo. - Me abraça, por favor! - Imploro.
- Claro! - Ele me abraça.
- Me tira desse negócio, me tira desse lugar! - Digo eufórica.
- Ainda não é a hora meu amor. Tudo tem seu tempo.
- Então me tira dessa camisa, por favor!

Noah me tira daquela camisa de força e me abraça forte. Poder tocá-lo é muito bom, sentir os seu calor e poder cheira-lo, sempre usando usando seu perfume que faz todas as mulheres ficarem loucas.
- Como tá o Dylan? - Pergunto segurando sua mão.
- Está melhorando aos poucos. No primeiro dia ele não reagia muito aos procedimentos.
- Mas ele ta bem?
- Sim, ele sente muita falta sua.

~Noah~

- Eu o amo... - Seus olhos começam a lacrimejar.
- Ta na hora do seu remédio. - Digo se aproximando dos eu criado-mudo e pegando seu remédio.

Me aproximo de Grace e ela vai se afastando, vai começar. Ela começa a correr pelo quarto chorando, ela sobe na cama e começa a jogar os travesseiros em mim.
- Grace, para! - Digo colocando a mão na frente.
- Eu não quero isso Noah! Não quero! - Ela diz e se joga na cama.
- Calma Grace... Você não pode se estressar e nem ficar com raiva.
- Não dá Noah... Não dá! - Ela começa a chorar. Me aproximo dela e entrego o remédio a ela. Ela pega e engole.
- Descanse... Não quebre nada, okay? - Ela limpa seu rosto e concorda. - Eu to indo. - Dou um beijo em sua testa. - Qualquer coisa so apertar o botão. - Saio do quatro.

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Meus amores eu estou muito inspirada!

Talvez, TALVEZ, eu publique o próximo capítulo amanhã de noite.

O que acharam do capítulo?

Beijos e até o próximo capítulo!

"Just Friends" (Livro 2) [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora