Capítulo 31

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~Maya~

São 11:07 e minha mãe ainda não chegou em casa, assim que eu tinha saído do meu colégio eu mandei uma mensagem a ela avisando que Luke está mal e que precisa de uns cuidados médicos.
Dylan ainda permanece aqui, e como ele não estava fazendo nada eu pedi para ele arrumar a casa. Apesar dele odiar arrumar a casa ele tem que fazer alguma coisa para me ajudar aqui.
- May, cade a mamãe? - Luke pergunta da escada.
- Provavelmente no hospital, Luke. Você sabe que lá é muito corrido.
- Podemos ir ver nosso pai?
- Sim, coloca uma roupa leve e daqui a dez minutos a gente sai.

Vou para cozinha e vejo Dylan guardando a louça, acho que vou contratar ele para fazer as tarefas daqui de casa.
- Pronto, acabei. Posso descansar?
- Vamos ir no hospital agora, quer ir?
- Óbvio que sim!
- Então vamos, Luke deve já ter se arrumado.

O hospital fica a vinte minutos de casa, andando e dez ou cinco minutos de carro, mas como não temos um carro teremos que andar e eu não estou afim de andar, mas tenho que andar.

Nem parece que a uma hora atrás o Luke estava doente, ele e Dylan juntos parecem duas crianças de cinco anos, até chegarmos no hospital eu terei que ser "responsável" por eles. Que beleza.

Ao chegarmos no hospital falamos com a recepcionista e fomos para o elevador que por sorte estava entrando gente.
Logo chegamos no andar onde nossos pais estão, saímos, andamos até o quarto do meu pai e Dylan vai procurar seu pai.
- Finalmente vamos ver o papai! - Luke esbanja um sorriso no rosto, abro a porta e entramos no quarto.

Nosso pai parece bem melhor desde a última vez que viemos aqui, sua recuperação está bem rápida, o que é bom. Seus olhos azuis vão ao meu encontro, seus lábios formam um sorriso alegre, é tão bom vê-lo assim.
- Maya! Luke! - Luke corre até o seu encontro e o abraça.
- Oi pai! - Me aproximo dele e o abraço.
- Já estava com saudades. Como vocês estão?
- Eu estou bem, mas o Luke está com febre.
- Sua mãe deve está na sala dela, quer ir lá filho?
- Quero! - Luke da outro abraço no nosso pai e sai do quarto.
- Então filha, como vai as coisas? - Meu pai pergunta com um sorriso no rosto.
- Vão bem. Estamos se divertindo aos poucos.
- Isso é bom. Logo estarei novamente em casa ajudando sua mãe.
- Pai... - Batem na porta e eu abro. Dylan.
- Oi tio, é bom vê-lo se recuperando rápido! - Dylan sorri de lado.
- Algum problema, Dylan? - Meu pai pergunta preocupado.
- Infelizmente sim. - Ele respira fundo. - Minha mãe foi para um hospício. - Ele se senta no sofá do quarto.
- Como assim, Dylan?
- Aquilo foi o começo... O sequestro, as torturas... Isso mexeu bastante com a mente dela, Maya.
- Eu sou lerda, explica melhor, por favor.

~Dylan~

Ao sair do elevador Maya e Luke vão para o quarto do meu tio e eu vou para a sala do meu pai.
Bato na porta da sua sala e entro, meu pai me olha e vem me abraçar.
- Tudo bem, Dylan?
- Sim pai, so quero ver minha mãe. - Sorrio.
- Ahm, Dylan, como eu posso te dizer isso? - Ele coça a nuca.
- Isso o que?
- Filho, sua mãe teve que ser transferida. Ela está num hospital para loucos.
- Um hospício?! - Falo quase gritando. - Pai, como você pode mandá-la para um hospício?!
- Dylan, ela precisava ir. Sua mãe estava mesmo ficando louca. Eles irão cuidar dela, tenho certeza.
- Coloque aspas no seu cuidar.
- Você pode ir vê-la se quiser, você quer? - Reviro os olhos e saio da sala.

Cara, como meu pai pode fazer isso? Ta, eu sei que a minha mãe teve umas crises malucas, mas tem tratamento para isso fora de hospício... Não tem?
Enfim, sou contra isso, totalmente. Minha mãe já tem trauma de infância e agora vão "jogá-la" num hospício, isso não vai da certo.

~Bianca~

Escuto o despertador tocar pela décima vez, desligo ele e levanto da cama. Vou ao banheiro, faço minhas higienes, tomo banho, escovo os dentes e volto para o meu quarto, coloco um top branco, um moletom cinza, uma legging, um Vans preto, pego dinheiro, saio do quarto e desço as escadas correndo.
- Bianca, você não deveria está na escola? - Minha tia reclama.
- Sim, mas não fui porque eu não quis.
- Você quer ser reprovada garota?
- Não, mas você sabe o que estou passando, então fique quieta, por favor?
- Como ousa falar assim comigo garota?
- Tia, para, ta ficando feio. - Digo e saio de casa.

Odeio a minha tia e ela me odeia.

Minha tia está passando os dias aqui porque acha que sou muito relaxada para morar aqui sozinha, e de acordo com ela, ela dispensará os empregados e começaremos a arrumar a casa.
"Como você tem empregados se nem tem dinheiro para pagá-los?!" pergunta típica dela.

Ela não sabe quem era o dono dessa casa e muito menos quem morava aqui e quem pagava os empregados. Ela também odeia minha mãe por vários motivos e um desses motivos é o meu pai.
Minha tia namorava o meu pai na adolescência, mas ela era muito grudenta, ciumenta e chata, isso acabou tirando todo o amor que meu pai tinha por ela. Um mês depois do término deles meu pai encontrou a minha mãe em uma festa, eles ficaram e depois de dois meses eles começaram a namorar. Quando minha tia descobriu ela surtou e quando eu nasci ela quis me matar.

Cade Isabella nessas horas para me fazer companhia?

As vezes eu acho que é apenas coisa da minha imaginação, porque gente, ver alguém que já morreu é bem estranho.

Minha mãe ainda permanece no coma profundo e cada dia que passa mais eu penso que ela está morta.

Minha mãe ainda permanece no coma profundo e cada dia que passa mais eu penso que ela está morta

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Voltei com mais um capítulo demorado e mais uma vez eu peço desculpas a vocês.

Estou tentando fazer o possível para adiantar mais capítulos para não fazer essa demora toda.

Eu estou muito embolada esses dias, tive que estudar para as provas, tenho que treinar para o campeonato que é daqui a duas semana e estou editando o primeiro livro que TALVEZ seja lançado no fim do ano ou no começo de 2017. Espero que dê tudo certo.

Beijos e até o próximo capítulo! (Juro tentar postar mais rápido)

"Just Friends" (Livro 2) [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora