Mais que amigos

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Mais uma noite começa. Mais uma noite de provável solidão. Mais uma noite de provável solidão com filmes aleatórios, sorvete e chocolate. Isso não está me fazendo nada bem.
Minha pele branca está mais pálida que o normal. Meu cabelo ruivo, cacheado e longo, está enrolado num coque que mais parece um ninho de tão bagunçado. Meus olhos escuros estão opacos, sem brilho algum. E meu corpo está escondido debaixo de uma camiseta enorme de alguma banda aí, camiseta essa que não é nem minha.
Estou acabada, eu sei. Estou cansada. Minha semana foi puxada, igual às semanas anteriores, não tenho ânimo algum para sair nos fins de semana.
Meus amigos que ainda passam aqui para me dar um "oi" aos fins de semana, hoje não poderão fazer isso. Não os culpo, eles tem uma vida, e eles diferente de mim, a vivem.
Estou deitada, olhando para o teto quando meu celular toca, estico o braço e pego o celular. Vejo quem me liga e atendo.

- O que você quer, Diego?
- Nossa, é assim que você atende o amor da sua vida, melhor amigo e pai do seu filho?
- Mentira! Chocolate não fala! - digo rindo. - E você não vai ser o pai do meu cachorro.
- Ah... Pelo menos tentei. Mas e aí, está fazendo o que?
- Estou olhando para o teto, pensando em fazer umas estrelas nele... - Diego ri - É sério! Passo muito tempo olhando para ele...
- Ok, sem risada sobre sua idéia magnífica. Uma pergunta: tem como você vir abrir a porta para mim?
- Diego... Como as...
- VEM LOGO ABRIR A PORTA PARA MIM, SE NÃO VOU-ME EMBORA COM SEUS MORANGOS E COM A NUTELLA!

Dou um pulo da cama e corro para ir abrir a porta. Quando a abro, dou de cara com um homem branco, de cabelos médios e pretos, olhos castanhos e com um brinco de argolinha na orelha esquerda, me encarando, me olhando de cima a baixo e é só nesse momento que lembro como estou vestida.
- Adorei minha camiseta em você - Diego diz. - Não vai deixar eu entrar não, Carla?
- Claro, claro, entre...
- Estou amando ver você com minha camiseta mas... quero o melhor de você hoje, então, vá tomar um bom banho e se arrume para mim. Vai logo antes que eu mude de ideia e te agarre aqui mesmo.
- Você não teria coragem para fazer isso, sou sua melhor amiga - digo achando graça do que ele disse.
- Duvida? Você é gostosa pra caralho, sabe disso, vive aí com minhas roupas, e é minha melhor amiga! Te dei vários motivos agora, então vai logo.
Reviro os olhos, cruzo os braços e bato o pé, desafiando-o a fazer o que disse. Ele coloca a mochila na mesa, se vira em minha direção e ameaça a correr em minha direção. Dou risada e corro para o quarto, batendo a porta e me encostando nela, ainda rindo. Organizo meus pensamentos e ando até o guarda-roupa, preciso separar uma roupa e ir para o banho, mas a porta se abre e o Diego entra.
- Vai tomar banho, deixe que eu separo sua roupa. Não se preocupe, vai ser roupa simples mesmo.
Concordo e entro no banheiro. Tiro a camiseta e a box feminina, solto o cabelo, ligo o chuveiro e entro debaixo d'água. A água quente caindo na minha cabeça, me molhando completamente. Lavo meu cabelo, passo o sabonete e agradeço por ter feito depilação recentemente, fazendo o banho ser rápido, na medida do possível, claro. Desligo o chuveiro e me enrolo numa toalha, passando outra toalha nos meus cabelos, penteio e os seco mais um pouco com a toalha e volto para o quarto.
A porta está entreaberta, minha roupa está separada em cima da cama: um conjunto de lingerie branca rendada (onde ele achou essa lingerie em especial?!), uma camiseta decotada preta e um shorts jeans curto. Visto a lingerie, passo desodorante e hidratante no corpo e rosto, termino de vestir a roupa e fico descalça. Pego as toalhas molhadas e saio do quarto, passo pela sala e vejo um Diego esparramado no sofá, levo as toalhas para a área de serviço e volto para a sala.
- Cadê minha nutella?
Digo parada em frente a ele, obrigando-o a olhar para mim.
- Carla... - Diego me olha novamente de cima a baixo, o que me faz corar - adorei minha escolha. A nutella está por aí, procure. Ou me dê algo...
- Não, obrigada, prefiro procurar - digo e me jogo em cima dele, abraçando-o. - Tava com saudades.
- Também estava. A nutella e os morangos estão lá na pia da cozinha.
Dou um beijo no rosto dele e vou saltitante para a cozinha. Pego as coisas e volto para a sala. Sento-me no chão, encostada no sofá que Diego está deitado, abro a Nutella e pego um morango. Ofereço a Diego e ele aceita.
- Carla... Tava aqui pensando numa coisa, mas não sei se você irá aceitar - Diego diz e se senta no sofá.
- O quê? - Pergunto e me sento no sofá, virada para ele.
Ele se vira para mim, coloca a mão no meu joelho e olha para mim. Ficamos um tempo nos encarando...
- Nada não - ele diz e ri.
- Achei que era algo importante - digo. - Agora se inclina aí, quero deitar.
Ele se inclina para trás, ficando meio deitado, meio sentado e eu me deito, encostando a cabeça em sua barriga. Ficamos assim um tempo, comendo morango e nutella, até eu ficar meio zonza de sono e começar a me mexer.
- Carla, para com isso...
- Isso o quê? - Digo olhado para ele.
- Nada, nada... Melhor te levar para a cama.
- Não, aqui tá bom - digo e me mexo, sinto algo duro contra meus seios e abro os olhos.
- Carla, não me responsabilizo por nada, não estou mais em sã consciência.
E isso que me dá uma ideia. Levanto e ele se ajeita no sofá e me encara. Me inclino em sua direção.
- Sabe... Não quero dormir agora - digo enquanto sento no colo de Diego, deixando uma perna de cada lado de seu quadril e pouso meus braços em seus ombros. - Me ajuda a ficar acordada?
- Claro, que ajudo... Ajudo sem reclamar.
E o beijo. Um beijo com vontade. Ah,que se foda, sempre tive uma atração por ele. Melhor pegar ele agora do que ficar me lamentando depois porque não o fiz.
Ele passa os braços por minha cintura e me aperta conta si, arfo.
- Ainda tem nutella? - Ele pergunta e eu respondo com um "Uhum" - Então pega.
Viro-me em direção ao pote e retorno a posição que estava.
- Se segura - ele diz.
Eu volto meus braços para em volta de seu pescoço, ele segura minhas coxas e levanta.
No caminho até o quarto, dou dois beijinhos e duas mordidinhas em seu queixo e pescoço, antes dele parar e me deitar na cama.
Ele tira a camiseta e se deita em cima de mim, começando a beijar meu pescoço e usando suas mãos para subir minha camiseta. Levanto as costas do colchão para ajudá-lo a tirar minha camiseta, ele volta a beijar meu pescoço e vai subindo os beijos até minha orelha, onde ele dá leves mordidinhas. Suspiro.
- Não entendo como aguentei tanto tempo...
- Shhhh - interrompo Diego -, depois conversamos sobre isso.
Diego ri e abre o botão do meu shorts, e enquanto ele o tira, dá beijinhos desde os meus seios ainda cobertos pelo sutiã até os joelhos.
Ele volta para cima de mim e me beija, eu aproveito sua distração e inverto as posições, ficando por cima, com uma perna de cada lado de seu corpo. Pego o pote de nutella, abro-o e coloco um pouco na boca, em seguida beijo-o. Diego passa as mãos por minhas costas, de cima à baixo, parando no meio, procurando o fecho do sutiã e não o encontrando.
- Cadê o fecho disso?! - Diego diz desesperado.
- É na frente... - Digo rindo.
Levanto, ficando sentada novamente em cima dele para abrir o sutiã, tirando-o e jogando-o para o lado, ficando apenas com a calcinha branca rendada. Diego levanta as mãos para acariciar meus seios, os cobrindo com as mãos, pirraçando meus mamilos em movimentos circulares com os polegares. Suspiro.
Ele se levanta, fazendo sua ereção coberta por muitos panos ficar ainda mais apertada e pega a nutella, passando-a nos meus mamilos e em seguida, chupando-os com vontade.
Quando termina, ele beija meu ombro.
- Amei a tatuagem - ela diz pausadamente enquanto ainda beija toda a região da tatuagem -, essas rosas ficaram lindas no papel, mas na sua pele ficaram perfeitas, maravilhosas.
- Obrigada - digo sorrindo.
Dou beijos no pescoço dele, logo passando para chupadas e lambidas. Diego continua a pirraçar meus mamilos e eu puxo seus cabelos com força. Soltamos o ar no mesmo instante.
Ele tira as mãos de meus seios e começa a alisar e apertar minhas coxas.
- Sabe - digo parando o que estava fazendo e o encaro -, acho que tem tecidos demais entre nós dois.
- Concordo plenamente.
Saio de cima dele, ficando sentada na beira da cama e tiro a calcinha. Olho para Diego, que tira sua calça e a cueca box. Volto para o meio da cama, ficando ajoelhada, enquanto Diego se encosta na cabeceira da cama.
- Deita. Quero fazer uma coisa - falo, com a voz autoritária.
- E essa coisa seria...
- Um 69.
Diego abre um sorriso enorme e faz o que eu disse. Deito em cima dele, ao contrário e pego em sua ereção rígida e pulsante, começo a fazer movimentos lentos com as mãos quando sinto ele passar dois dedos por minha vagina, desde meu clitóris até minha entrada, logo em seguida, passa a língua por esse mesmo caminho e começa a me chupar.
Fecho os olhos e suspiro, ainda fazendo movimentos no pênis dele, só que agora, mais rápidos. Paro com os movimentos e circulo a glande com o polegar, em seguida passando a língua na mesma. Com umas das mãos seguro o pênis e com a outra, faço uma leve massagem nos testículos, fazendo Diego chupar meu clitóris com mais vontade ainda. Coloco-o na boca e começo a fazer movimentos vai-e-vem, ora devagar, ora mais rápidos.
Logo eu paro e Diego percebe, parando também, me deixando sair de cima dele. Me viro em direção ao criado mudo, onde pego uma camisinha e volto para ele, me ajoelhando no meio de suas pernas, abro o pacotinho e coloco a camisinha nele, logo me ajeitando em cima dele, fazendo-o me penetrar por completo.
Começo a cavalgar, sendo auxiliada por ele que coloca uma das mãos em meu quadril e a outra, em minha coxa, sua boca em meus seios, lambendo, mordendo, chupando... me fazendo suspirar cada vez mais e mais alto.
Quando começo a me cansar, Diego troca as posições, ficando por cima e acelera os movimentos. Rápidos e fortes, me fazendo gemer de aprovação. Sinto que logo chego ao orgasmo, Diego não para com a velocidade e força das estocadas e percebo que se segura para não o atingi-lo também. Algumas estocadas mais me fazem atingir um orgasmo poderoso, me deixando mole e fazendo os músculos de minha vagina se retrairem em volta dele, o apertando e fazendo se liberar também, derramando-se na camisinha.
Ele sai de mim, vai no banheiro e logo volta, deita-se ao meu lado. Ficamos olhando para o teto por alguns minutos, até ele quebrar o silêncio.
- É, faça as estrelas no teto, será ótimo aprecia-las após um outro momento desse - Diego diz.
- Viu como as estrelas realmente são uma ótima ideia? - pergunto sorrindo. - Espera... Você disse "outro momento desse"?
- Sim, haverá vários outros momentos. Ou você realmente acha que depois disso você iria conseguir me esquecer?
- Convencido! - dou risada e um tapa no braço de Diego.
- Está bem! Eu que não te deixaria em paz.
- Olha, estamos empatados. Eu iria ficar pensando e pensando e pensando... Mas agora, pensando bem, estou com sono. Podemos continuar a conversar amanhã?
- Claro, vem cá.
Deito com a cabeça encostada no peito de Diego, ouvindo seu coração disparado. Sei que não demoro muito a pegar no sono, mas, enquanto não durmo, imagino que quando acordar, vou ter esse cara incrível do meu lado e que minha vida irá mudar. Para melhor, claro.

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