Capítulo 1

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Não conseguia achar, provavelmente Ashton o pegou. Mesmo assim, reviro a casa em sua busca. Não está em nenhuma gaveta, nenhum armário, nenhum bolso, nenhum lugar, só poderia estar com ele ou nas suas coisas.
-ASHTOON!!- grito enquanto desço as escadas. -Eu sei que está com você, me devolvê agora!- ordeno.
Ele pausa o jogo e olha para mim, da um sorriso com um ar de brincadeira e responde:
-Não faço a mínima ideia do que você está falando. - claro que fazia, ele tinha pego.
Agarro uma almofada e a jogo na sua cabeça enquanto sorrio, não tem como ficar brava com ele (as vezes tem, mas não é o caso).
- Meu pendrive de maçã, preciso dele e sei que está com você. -digo depois de um longo suspiro devido a ele só rir da minha almofadada.
Ele repete a mesma frase e eu insisto. Ashton se recusa a sair da sala, ele não me dá escolha.
Subo e entro no seu quarto, sei onde ele guarda as coisas. Pego uma caixa de seus "preciosos" chicletes que tanto os ama e desço. Sim, vivo subindo a descendo as escadas e casa que por sinal, não é muito grande.
- Se você não sabe onde está, talvez eles saibam. - ele se vira imediatamente sabendo do que se tratava. Subo o mais rápido que consigo e tomo cuidado para a caixa não cair, o que é bem provável ja que sou o desastre em pessoa.
Ashton é mais alto do que eu e assim, logo me alcança. Como eu estava na dianteira, entro rapidamente no meu quarto e fecho a porta bem a tempo.
- Erica, não tem graça! Me devolve - ele bate três vezes na porta.
- Você primeiro. - Digo
- Não.
Respiramos fundo juntos.
- Ao mesmo tempo. - falamos novamente juntos, adorava quando falávamos ou faziamos a mesma coisa ao mesmo tempo; dava vontade de gritar "SUPER IRMÃOS ATIVAR".
Abro a porta e Ashton retira do bolso meu pendrive. Contamos juntos até três e trocamos de objetos; nós dois abraçamos eles e agradecemos um ao outro.
Ashton desce e eu começo a busca pelos meus pertences no meu quarto.
Acho minha bolsa, casaco, pendrive, caderno, entre outros. Quando estou saindo percebi que estou sem meu colar o que não acontece, mas aconteceu. Volto e o pego, meu colar prateado com o pingente de metade e um livro; a outra metade pertence a Ashton.
Desço e aviso que estou saindo e dou um beijo na sua testa.
- A onde você pensa que vai, mocinha? - pergunta.
Paro de destrancar a porta para explicar.
- Vou à casa da Hope, como fazemos todas os dias 17 do mês. Esqueceu?
Ele arquea as sombrancelhas.
- Ah! É mesmo. - ele levanta e me da um abraço apertado. - Quer que eu te leve? Assim, você pode dormir lá e amanhã antes do almoço eu te busco.
- Pode ser.
Fechamos a casa e vamos para o carro. Nosso sonho sempre foi ter um Impala que nem em Supernatural, mas é dificil de achar na nossa cidade e uma vez quando o achamos, não estava em boas condições e nem com um preço justo. Ficamos com um Opala de luxo azul que, por mais de chamativo, era fofinho. Ashton comprou o para mim, ele comprou (depois de muito tempo economizando) um carro que eu nem sei o nome, mas era um modelo mais atual que o meu e menos chamativo.
Entramos no carro e eu já ligo a música, começa a tocar (considentemente) Eye of the tiger, que era uma das "nossas" músicas. Cantamos ela o caminho enteiro. Como Hope não mora muito longe, chegamos rápido. Me despeço dele e aperto o botão do interfone.
Quem o atende é a mãe de Hope, Karen, que pergunta se Ashton não quer entrar também;digo que não e ela abre o portão para mim. Dou um aceno para meu irmão e ele vai embora. Fecho o portão vou em direção a porta.
Da janela, Hope me vê e ele corre até o a entrada.
Vai ser uma noite legal, assim como todo dia 17 é.

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