Capítulo 5

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- Levanta Erica, temos que conversar! - diz Ash jogando um travesseiro na minha cara.
Sento me, um pouco confusa.
- Bom dia? - Digo depois de um bocejo.
- O que foi aquilo ontem de noite? - Ah, era isso.
- Você quebrou o nosso acordo, fiz o que você faria a fosse o meu caso. - Digo dando de ombros.
Ele fica nervoso.
- Eu sou o mais velho! - ele fica nervoso. - EU SOU O MAIS VELHO! - grita.
Meu corpo se arrepia. Ele nunca, nunca gritou comigo. Encolho os ombros.
- Eu sou o mais velho, eu que dito as regras! Você as cumpre! - diz com raiva.
Esse não é Ashton, esse não é o menino querido e doce que é meu irmão.
- Ash, ta tudo bem? - Digo calmamente e coloco a mão em sua testa para conferir a sua temperatura. Não está alta.
- Que? Não - ele tira minha mão dele. - Estou muito bem.
Não, não está bem. O que ouve com ele? Não quero que fique assim por muito tempo.
Ash ve que estou em outro assunto e logo volta a falar do que queria dizer a mim.
- Escuta aqui, - ele segura meus braços com força. - Não ouse querer atrapalhar eu e Joli novamente. Ouviu bem? - faço que sim com a cabeça, seu tom de voz me faz estremecer, mas não estou com medo dele. - ótimo, não sei do que seria capaz se acontecesse novamente.
Ele fica mais um segundos, nesses segundos Ash aperta meus braços com mais força.
- Ashton, me solta agora. - ordeno. Ele faz o que falei e ao sair do quarto, bate a porta com força.
Sinto uma lágrima correr pela minha bochecha. Não consigo entender o motivo disso acontecer. Ashton sempre foi calmo comigo, até mesmo na infância quando eu brigava com ele e ele brigava comigo, uns minutos depois Ash sempre pedia desculpa. Ele sempre me protegeu, cuidou de mim. Tenho que saber o que aconteceu com ele, mas não agora. Agora Ash esta com a cabeça quente, não e um bom momento para conversar.
Ajunto minha muda de roupa e tudo que preciso para a faculdade. Pego meu celular e ligo para Hope perguntando se tinha problema em eh ir lá agora (umas 11:30 da manhã) e dormir para irmos juntas para a faculdade. Como sempre, ela deixa e fica feliz. Hope é filha única, sempre fomos como irmãs.
Desço com as chaves de Miguel na mão, quando estou no andar de baixo, grito:
- Vou para a casa de Hope e volto segunda. Até lá, esfria a cabeça. - ele não responde, mas ouço o barulho da porta de seu quarto batendo. Sim, ele ouviu.
Entro no carro e saio de casa o mais rápido possível. Ligo o rádio, e que música toca? Nenhuma! Ótimo! Meu rádio parou de funcionar. Tudo bem, eu vou me manter sem música.
Quase não vejo o sinal fechado, freio a tempo. Solto um suspiro de alívio. Tento ver o lado positivo. 1°ponto positivo: Não está de noite; 2° ponto: eu tenho para onde ir; 3° ponto: vai ser bom esse tempinho tanto para mim, tanto para Ashton.
Chego na casa de Hope e estaciono bem a frente. Aperto a campainha e Hope vem rapidinho. Entro e ela me abraça. Hope sabe que não estou muito bem, mas não questiona.
Subimos para o quarto dela, largo minha bolsa no canto da cama e me jogo na cama. Deixo que duas lágrimas escorram sobre meu rosto. Estou triste, triste pois meu irmão está bravo comigo.
Sento me ao lado de Hope e ela me abraça, exatamente o que eu precisava. Não tenho lágrimas, só estou triste. ARGH! não quero me sentir assim. Hope me solta e liga a música; Holiday do Green Day, exatamente a que eu queria ouvir. As vezes me espanto por ela saber o que eu quero e sem nem eu mesma saber. Consfuso? Talvez.
Ficamos ali ouvindo música, me animo rápido e começamos a conversar sobre como bolo de morango com coco é bom.

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