Capítulo 11

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Enquanto ele avançava, eu pensava no que fazer. Depedendo de seu encantamento, eu teria que mudar minha estratégia. Eu não sabia qual encantamento ele tinha colocado em sua arma e armadura agora. Estiquei minhas mãos e fiz com que um turbilhão de chamas azuis saísse delas. Tudo ficou... bem quente.

"Queime de uma vez!" eu gritei enquanto me impressionava com meu próprio poder.

Uma mão saiu das chamas e agarrou meu pescoço. Ele me jogou contra a parede e eu não consegui fazer nada. Eu fiquei surpreso.

"Como?!" eu perguntava.

"Não fique se achando. Você sabe soltar uma faisquinha ou outra, mas tirando isso de você, o que você pode fazer?"

Aquilo ficou na minha mente. Se tirassem de mim minhas chamas, o que eu teria?

Talvez eu teria uma boa família. Mas a única coisa boa que veio da minha família foram as chamas. E mesmo assim, se elas não forem suficientes para queimar meus inimigos, o que seria?

Eu fiquei me questionando enquanto eu estava sentado, encostado na parede onde eu fui jogado. Ele se aproximava lentamente, como se tivesse piedade agora. Ninguém vai ter dó de mim. Eu me levantava, com dificuldade, de fato. Eu sentia algo... diferente.

Quando finalmente fiquei de pé, Wetherion parecia com um olhar diferente.

"Que truque é esse, agora?"

"De que você está falando?"

Eu olhei para meus punhos. Não haviam mais chamas normais nem chamas azuis nele. Lava estava percorrendo ao redor deles.

Eu me assustei e gritei: "Que merda é essa?!"

A resposta estava nas minhas mãos. Se eu não posso queimá-los com fogo, então eu saberia como queimá-los.

"Eu... despertei." eu dizia, com um sorriso enorme no rosto.

"Você só pode estar brincando!" disse Wetherion, meio desconformado.

Ele corria desesperadamente em minha direção. Eu não sabia como utilizar isso ainda, mas eu teria que me virar. Tenho que ser cauteloso; Magias Raras gastam mais energia do que minha Magia Herdada.

Magia Rara: Vulcânica.

Nada mais digno para alguém que gosta de ver tudo queimar.

Eu não sabia os limites de meus novos poderes, mas era com Wetherion que eu iria testar. Joguei lava no chão ao redor de mim, o suficiente para evitar sua investida, e talvez até um pulo.

"Covarde!" ele gritou.

Tirei do bolso de meu sobretudo a poção que Romm me dera e a bebi. Seu gosto não era tão ruim como eu esperava. Me sentia revigorado a cada segundo. Depois de beber toda a poção, enchi o pote com lava e joguei contra Wetherion; queria irritá-lo. Quando ele bateu com a espada e lava vazou, direcionei toda a magma do chão para seu corpo.

"Estou pronto para te ver dançar."

O FeiticeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora