{Capítulo 27}

248 21 2
                                    

Narração: DANILO

Que sono!

Literalmente, se eu andasse não ia me aguentar nas pernas. O pessoal saiu aqui de casa era mais de 1h da manhã, passamos a noite jogando conversa fora, fizemos até uma "célula", que saudades eu estava disso, de reunir com eles, brincar, conversar. Quando o pessoal foi embora, o Vinicius me ajudou a tomar um banho e quando me deitei, percebi, que durante aquelas horas atrás, eu não me lembrei da Isa, eu não senti ruim por não me lembrar dela, mas pelo fato de não ter me entristecido durante aquele tempo, quero sim me lembrar da Isa, mas não me culpando sempre, me desestabilizando. Claro que sei, que tudo isso ocorreu por culpa minha. Mas poder não me oprimir diante de tudo isso, é um alívio.

Já é 6h50 da manhã, acabei de escovar os dentes e fui até a sala.

Danilo: Bora, pai...

Daniel: Vamos meu filho. Sua mãe teve que sair, mas mando um beijo.

Danilo: Ok.

Ele me ajudou a entrar no carro, e fomos o caminho inteiro em silêncio, enquanto passava no som do carro a música, Porque eu te amei.

"Porque eu te amei, uma cruz pesada carreguei. Porque eu te amei, a morte eu também enfrentei. Porque eu te amei, mesmo sem você me amar... Porque eu quero te salvar meu filho"

Em alguns minutos chegamos na escola, e a Brunna já estava na porta, não somente ela, mas também o Nicholas e a Cris. Meu pai estacionou na porta da escola, e saiu do carro, abriu o porta malas e pegou a cadeira. Naquele momento gelei, pois não tinha visto ninguém da escola depois do acidente. Meu pai abriu a porta e tentou me ajudar, ma eu falei que não precisava, fiz uma força com os braços e consegue me deslocar do banco para a cadeira. Cris se aproximou pra me ajudar a andar com a cadeira, mas disse que já tinha aprendido a controlar.

Daniel: Ok, galerinha. Dan, qualquer coisa me liga, tá?! Sua mãe vai passar depois da aula pra te levar pra fisioterapia. Tchau pra vocês, boa aula.

Meu pai ia entrando no carro, quando cochichou algo pro Nicholas, fechou a porta e deu partida no carro.

Nicholas: A gente vai entrar, ou ficar aqui?

Danilo: Bora...

Entramos na escola e o pessoal olhou pra mim, aquele olhar que eu achava que iria receber, de desprezo e pena, foi totalmente contrario o pessoal acenava pra mim e alguns vinha me cumprimentar, falando que estava feliz com minha volta. Naquele momento percebi que Deus continuava a cuidar de mim, será que era necessário eu viver nessa revolta?!

Ficamos alguns minutos na lanchonete, quando o sinal pra primeira aula tocou, fomos pra sala.

Sentamos nos lugares de sempre, e o primeiro professor chegou.

Dionísio (professor de Geografia): Bom dia, turma. Primeiramente quero saudar nosso amigo Danilo, ficamos felizes pelo seu retorno e sentimos muito pelo ocorreu, pode ter certeza que não foi uma perda somente dos amigos próximos, mas de todos. Segunda coisa é que amanhã teremos prova...

Agradeci ao professor pelo carinho, e olhei pro Nicholas que estava ao meu lado.

Danilo: Como que eu vou fazer prova?

Nicholas: Uê, cara. A gente te deu todos os conteúdos.

Danilo: Vamos dizer, que eu somente copiava...

Nicholas: Que legal, cara. Você tem em torno de 23/24H pra estudar esse conteúdo.

Me deu um sorriso de deboche e olhou pro professor que já estava passando uma revisão da matéria.

O restante da aula foi tranquilo, todos os professores me cumprimentaram, os colegas de classe a mesma coisa, mas ninguém comentava sobre a Isa, somente os professores, que falavam como ela fazia falta dentro da sala de aula.

A aula já tinha acabado e eu estava na porta da escola, a Cris e Nicholas já tinham ido, estava somente eu e Bruna. Estávamos conversando, quando minha mãe buzinou, ela ia descer do carro, quando eu disse que não precisava se importar, pedi pra Bruna abrir a porta, quando fui me deslocar r da cadeira para o banco do carro, quase cai, mas a Bruna conseguiu me ajudar antes que eu encontra-se o chão, me sentei, fechei a porta, olhei pra minha mãe que estava com uma cara de preocupada e disse que estava bem.

Danilo: Bora, a consulta começa daqui a pouco....

Carmen: Vamos só passar na casa da Bruna para deixar ela, rapidinho.

Bruna: Precisa se preocupar não Dona Carmen, eu vou acompanhar o Danilo na fisioterapia.

Carmen: Que ótimo, você não me disse Danilo, que ela nos faria companhia.

Danilo: Pois é, ai a senhora deixa um dinheiro pro táxi, ai pode ir pra casa almoçar.

Carmen: Meu filho, eu te disse q...

Danilo: Mãe, por favor.

Olhei pra ela e a mesma assentiu.

Fomos o caminho todo conversando, ou melhor dizendo minha mãe e a Bruna conversando.





{ Propósito de  Deus }Onde histórias criam vida. Descubra agora