Eu Sinto Muito

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Tô tão na bad que já quero sair cantando Adele, deuses. Lembrando que eu amo vocês e que se me matarem irão ficar sem saber o fim do livro...

Votem & comentem.

Boa leitura, amo vcs.
~Lica♥

**Mel Narrando**

—Como vai contar pra ele? —Meg estava me abraçando.

Eu não havia ido à aula naquela manhã, não havia saído do meu quarto ou ao menos comido algo, então minha mãe acabou ligando para as meninas, que logo vieram.

—Eu não sei... —revelei, visão embaçada por conta das lágrimas que ousavam cair.

—Não pode esconder, Mel. —Carol colocou uma mecha rebelde do meu cabelo para trás da orelha.

—Eu... Eu não vou conseguir. —abracei minha amiga forte, e logo Bia e Giih entraram, segurando um doce brasileiro que minha mãe havia feito.

—Você sabe que vai. —Bia pôs a panela de brigadeiro na minha cama, se sentando ao meu lado.

—Isso dói. —meu lábio inferior tremeu. —Dói muito.

—Você o ama? —Giovanna questionou, sincera.

—Eu... Amo. —disse, me encolhendo mais.

—Essa dor que você está sentindo no peito é isso... Não seria amor se não destruísse. —Carol me abraçou forte.

—Você vai ficar bem, a gente tá aqui. —Megan sorriu fraco, olhando para baixo.

—Eu não tenho tanta certeza assim. —me levantei da cama, indo para a janela.

—Quer um apoio quando for contar? —Bia me olhou.

—Não, obrigada. —olhei para minhas mãos. —Certos passos nós temos que dar sozinhos.

—Tudo bem. —ela assentiu.

(***+***)

#Mensagem On#

[14:02] Mel: Precisamos conversar...

[14:03] Vega: Tá tudo bem? Fiz algo errado?

[14:03] Mel: Não, só... Pode vir aqui?

[14:03] Vega: Chego em 10 minutos.

#Mensagem Off#

As meninas haviam ido embora, minha mãe estava resolvendo as coisas na escola e Sammy foi contar para os outros meninos a notícia. Eu não poderia adiar, eu não conseguiria adiar.

Liam chegou um tempo depois, trazendo uma única rosa vermelha para mim.

—Oi, princesa. —me deu um selinho, e sorri involuntariamente. —Sobre o que quer conversar?

E então eu lembrei o motivo de ter chamado ele alí.

—Vamos sentar. —peguei sua mão, a qual ele logo entrelaçou à minha e o guiei para o sofá.

—Antes, eu queria te falar uma coisa. —seus olhos brilhavam. Não, não, por favor, não... —Melissa Hayes, eu te a...

—Não podemos continuar com isso. —o interrompi, mordendo o lábio.

—O quê? —sua expressão se tornou confusa.

—Eu... Nós temos que terminar tudo, Liam. —minha blusa já estava molhada das lágrimas que caiam sem parar.

—Mel... Eu não entendo. —ele apertou minha mão, tentando garantir que eu ficasse com ele, sem mesmo perceber. —O que houve?

—Eu sinto muito. —em minha voz havia desespero.

—Não, não sente. —franziu o cenho.

—Liam... —pedi.

—Me diz, qual a necessidade de entrar na vida de uma pessoa se você vai abandoná-la? —ele soltou minha mão.

—Eu sinto muito. —murmurei.

—Sente o quê? Que fez com que eu me apaixonasse por você para no final me deixar? Que me faz pensar em você a cada segundo porque não quer ficar comigo? —Liam se levantou. —Sabe qual é o meu problema? Eu costumo amar o que não posso ter.

—Por favor. —abaixei a cabeça, soluçando.

—Você me fez precisar de você da mesma forma que preciso de oxigênio, Melissa. —bagunçou o cabelo. —Não me peça "por favor".

Liam me deu as costas e saiu com punhos fechados, porém lágrimas nos olhos.

Desmoronei no mesmo instante, me abraçando a uma almofada qualquer e olhando para o nada, perdida em meus pensamentos. Era absurdo que escorresse água dos olhos quando o que doía era o coração.

Eu sabia que não poderia ficar assim pra sempre, a vida continua, decepções acontecem a todo momento, o amor é a arma mais poderosa que o mundo tem.

Me levantei e fui até a cozinha, pegando uma salada de frutas que havia preparado aquela manhã. Subi as escadas e entrei no meu quarto, pondo o pequeno sofá que eu tinha lá em frente à janela. Procurei por um livro qualquer em minha estante, abrindo-o e desfrutando do clima frio para fugir da realidade.

As lágrimas não paravam de cair... Eu não parava de cair.

Em algum momento eu adormeci, ainda sentindo o gosto salgado das lágrimas em minha boca.

Eu não me arrependi de nada. Cada segundo, cada ato, cada palavra da minha vida fez com que eu chegasse aqui, e eu não me arrependo. Amar é pôr as necessidades do outro na frente das suas, é deixá-lo ir se você não puder ficar, é querer vê-lo feliz independente de como você estiver. É se jogar de cabeça em um sentimento incerto, forte e único. É se destruir esperando que a vida te dê uma trégua. Amar é viver.

Eu não poderia querer que ele continuasse comigo se eu não iria continuar com ele. Eu não poderia ser egoísta ao ponto de optar pela minha felicidade. Se eu o amasse, teria que deixá-lo ir, e eu não pensei duas vezes.

Acordei com uma memória.

#Falshback On#

Foi mal, eu deveria prestar atenção por onde ando... —me desculpei.

Tudo bem, eu também não estava olhando! —Se aquilo mexeu comigo?Talvez, mas mexeu comigo mais ainda saber que ele só me tratou bem porque estou "melhor"... —Me chamo Liam, qual o seu nome?

Presumi que não fosse se lembrar.respondi, grossa, e saí andando.

#Flashback Off#

Sorri fraco... Eu estava feliz. Por mais que meu coração negasse, eu estava feliz por tê-lo libertado. Se dependesse de mim, ele seria a pessoa mais feliz do mundo, mesmo que não fosse comigo.

O Meu Melhor (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora