Saímos da árvore do mago e continuamos nosso caminho pela grande ilha coberta de neve. Ficamos muitas horas andando, já estava escurecendo, então decidi parar no meio da floresta e descansar ai mesmo.
- Eu não gosto de deitar na neve, tem formiga. - Luna afirmou enojada. - Bom, mas já que não temos mais lençol, vou dormir. Boa noite, Mark, boa noite... - Ela FINGIU esquecer meu nome, se deitou e fechou os olhos.
Eu e Mark não a respondemos, achei até bem estranho, parecia que ele não ligava mais para ela. Aceitei e me sentei na neve para comer alguma coisa.
- Você está bem, Violett? Parece tão triste. - Ele se sentou ao meu lado.
- Se vocês parassem de me excluir seria bem melhor, vocês não ligam mais para mim. Você não sabe como é sentir isso. Eu fico só sem abrir a boca, sem dar palpites, sem receber todo o amor e carinho que você dá para ela. É como se eu estivesse isolada em um quarto escuro para sempre!
- Eu sei como é, ta bom? - Mark se irritou. - Eu fiquei preso em um quarto até te encontrar. Fiquei seis anos sozinho sem ninguém! Você não percebe? Eu quero ter mais amigos, por isso me aproximei dela!
- Mas não há motivos para me abandonar!
- Me desculpa... Eu te peço perdão. Eu só acho que fiquei apaixonado.
- Claro, eu sabia que você estava apaixonado por ela.
- Não por ela, Violett. Eu estou apaixonado por você e quis fazer ciúmes. - Ele olhou para mim e eu o olhei no fundo de seus olhos por um tempo. Percebi seus detalhes e realmente ele era bonitinho. - Consegui?
- Como o mago diz, o destino irá dizer... - Gargalhamos juntos e sorrimos um para o outro, sei lá, eu tinha sentido alguma coisa muito forte, não sei se foi felicidade ou até mesmo um pouco de romance, mas era bem forte, um sentimento inexplicável. Deitei-me na neve e ele se deitou ao meu lado. Olhou fixamente para mim novamente e me deu um leve beijo. Foi uma sensação muito boa, mas uma cena estranha, era uma simples garota de 19 anos beijando um morto de 21. Eu nunca havia sentido uma sensação tão agradável. Seus lábios eram macios como nuvens, se é que nuvens são macias.
- Nossa, sério Mark? - Luna se levantou. Só naquela hora percebi que ela só havia fechado os olhos, mas não dormido. - Eu pensei que você sentia algo por mim!
- Eu sinto! Mas... - Ele também se levantou.
- Mas o que? Mas eu sou uma péssima garota para namorar? Eu entendo isso, mas cuidado, rosas são lindas, porém tem espinhos! - Ela saiu do local e nos deixou lá. Não sei para onde ela foi, mas sei que não foi muito longe.
- Rosas são lindas, porém tem espinhos? O que ela quis dizer com isso, Violett?
- Que eu sou a rosa.
- Pensei que você era a Violeta. - Ele riu junto a mim.
Pegamos algumas coisas que tínhamos, como mangas e água e tentamos encontrar Luna. Andamos por alguns lagos; abismos com pontes quase quebrando; montanhas altas que talvez tenhamos escorregado pela neve, apenas talvez; escalamos outras montanhas; brincamos de subir em árvores e no meio da floresta da ilha avistei uma raposa com sua pata quebrada.
- Mark! Uma raposa ferida! Vamos ajudá-la.
- Vamos sim. - Saímos correndo até ela que quis se defender, mas não conseguiu. A peguei no colo e a levei em toda a nossa caminhada.
Ela é muito linda, branca com pequenos detalhes pretos e marrons. Seus olhos amarelados me encantaram. Até a nomeei de Flowie.
Bom, continuamos o caminho e encontramos uma casinha branca de madeira no meio de muitas árvores congeladas. Batemos na porta e por incrível que pareça encontramos 5 tipos de gnomos que logo disseram em uníssono desesperados:
- Vocês conhecem Luna? Ela desmaiou e não sabemos o que fazer!
- Se acalmem. - Mark entrou enquanto eu fiquei fora com a Flowie.
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Quando As Estrelas Sorrirem
RomanceViolett Courtney vive em 3090 no nosso Planeta, o Planeta Terra, classificado como o planeta mais arruinado da Via Láctea, sabe por quê? O governo dos Estados Unidos demitiu todos os policiais do mundo e os trocou por drones policiais, porém eles nã...