Capítulo 1 - A Viagem

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~Olá, pessoas lindas! Estou falando com vocês de um novo computador (que minha gata já fez o favor de estrear enfiando suas lindas garrinhas na tecla da vírgula e agora eu preciso enfiar o dedo na dita cuja para funcionar!) :D

Abandonada, como todos já leram na sinopse e no prólogo, seguirá a vida da jovem Sophie. Vamos ao que interessa: Sophie não é traumatizada pela morte dos pais. Sophie é independente. Sophie prefere ser chamada de Sophie-Belle. :D

Aproveitem a leitura! E sim eu não consegui esperar até amanhã, mas os capítulos serão postados aos sábados.~

Capítulo 1.

O navio partiria logo mais. Não tinha ninguém de quem me despedir além do chefe de departamento para quem trabalhava na Universidade, que não estava lá, então eu estava inclinada na balaustrada do navio fingindo emoção enquanto acenava para Liverpool.

O único lar que conhecera, ou o mais próximo disso que chegava depois do acidente que me deixara órfã aos doze anos.

Eu trabalhava no departamento de pesquisa em antropologia na universidade local agora, modéstia a parte, uma das melhores pesquisadoras que eles tinham. No entanto, com uma única outra mulher no departamento, não havia muita competição. Na verdade, eu era apenas uma assistente.

Não é nada glamuroso, ou importante, não me garantia que eu teria um futuro maravilhoso, ou pelo menos seguro, mas era o bastante para que eu tivesse o que comer todos os dias e um teto onde pudesse dormir a noite. Minha casa também não era nenhuma mansão. Era um pensionato para moças, coordenado por freiras, extremamente rígido. Meu lar.

O professor pesquisador responsável pelas pesquisas, professor Clayton Plythe, estava comigo, e conosco havia o outro assistente, Victor Pike, e ficaríamos em quartos separados no navio, obviamente. O senhor Pike dividiria a cabine com o Professor e eu teria minha própria cabine, ao lado da deles, mas ainda sim, minha.

Estávamos na era moderna, o nascimento e florescimento da indústria tecnológica e às vésperas do alvorecer do século XX, mas a Britânia guardava seus costumes com muito zelo. Viajar sozinha e solteira era inadmissível, mas viajar a trabalho, era apenas um pouco menos intolerável.

-Venham, senhorita Lovegood, senhor Pike. Vamos procurar nossos quartos. –Professor Plythe anunciou, errando meu nome, como sempre. Poupei-me o trabalho de corrigi-lo enquanto ele checava seu relógio de bolso. –A partida está atrasada.

Suspirei enquanto olhava meu próprio relógio em minha bolsa de mão. A partida estava programada para as 15:00 da tarde e o ponteiro dos segundos havia acabado de entrar em sua contagem para 15:01.

Seguimos o professor pelo deque carregando nossas malas de mão conosco. O comissário nos garantiu que nossa bagagem estaria no quarto o mais rápido possível e ainda antes do jantar e eu não tinha motivos para duvidar da palavra dele. O professor, no entando, era um homem desconfiado.

Nossas cabines ficavam na ala oeste da primeira classe, uma viagem paga pela Universidade tinha seus privilégios, ficaríamos perto dos grandes magnatas de empresas e damas da alta sociedade. Não que eu alimentasse esperanças, mas contatos e patrocínios nunca são de mais.

Acomodamo-nos tranquilamente, minha bagagem chegou pontualmente e uma vez que tudo tinha sido organizado em seu devido lugar, troquei de roupa para o jantar.

Apertei bem o corpete com a ajuda de uma camareira que também me ajudou a prender a azáfama em minha cintura sobre o corpete e roupas de baixo simples. Por cima pus um conjunto de saia, blusa e jaqueta simples azul escuro com listras pretas na jaqueta e em algumas partes da saia com alguns babados sem cor. Sapatos pretos comuns.

AbandonadaWhere stories live. Discover now