Capítilo 11

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-Adam, na verdade eu estou muito cansada da festa e eu...- fui interrompida por um beijo inesperado e bruto de Adam, que amarrava os meus pulsos com firmeza, para que eu não me pudesse largar do seu beijo forçado.
Me remexi um pouco, me tentando separar dele, mas a tentativa foi claramente em vão, visto que Adam tem muita mais força que eu. 

O beijo foi finalmente terminado, mas o garoto não largou os meus pulsos. Apenas permaneceu ali, estático, me encarando de forma curiosa, o que me fez lembrar de quando Adam ainda era o meu querido irmãozinho. Eu podia ver meu reflexo através dos seus claros olhos verdes. Eles estavam tão brilhantes, transbordavam paz e serenidade. Aquele parecia o verdadeiro Adam, aqueles eram os olhos do meu verdadeiro irmão. O irmão que me olhava com orgulho e amor.   Mas acabei por voltar a discordar dos meus pensamentos, quando o mais velho saiu do seu transe e me arrastou até ao sofá da sala. Largou os meus pulsos e me empurrou brutamente, fazendo o meu corpo cair no sofá como se fosse um saco de lixo. 

-Agora vai ficar bem caladinha...- ordenou Adam, se aninhando ao meu lado e massajando meu rosto molhado de lágrimas.- Não quero ver você chorando, Belle.- sussurrou ele com uma voz triste.

-Eu não quero...- Adam me interrompeu com um "shhhh" para que eu ficasse calada, e assim o fiz. 

-Como eu sei que você hoje está muito cansada, iremos fazer algo mais fácil. Algo que não te canse muito, hum? O que acha?- questionou, e eu assenti com a cabeça.

-Prometo que vai ser rápido, Jessie.

Adam se colocou de pé, começando a desapertar o cinto das suas calças de ganga.

-Adam!- gritei, desesperada. O moreno me encarou furioso, arrancando o seu cinto e o pousando na mesinha de vidro em frente ao sofá.                                                                                                                                 Voltou a aninhar se, agarrando em meus cabelos com força, para que eu não desviasse o meu olhar do dele.

-Não grita, porra! Faz o que eu mando e pronto!- berrou ele, me largando novamente. Gemi baixinho com a dor na raiz do meu cabelo e vi Adam pegar no seu cinto de couro e sorrir diabolicamente.

-Tira a roupa.- ordenou, num tom descontraído, enquanto se sentava na poltrona castanha que estava na minha frente.

Engoli em seco e fechei os olhos com força, deixando mais lágrimas caírem. Me levantei com um pouco de dificuldade e depois me começei despindo, peça por peça.
Os meus soluços de choro e alguns suspiros de Adam era a única coisa que se ouvia dentro daquela casa tão silenciosa e vazia. Era tal e qual uma casa assombrada dos filmes de terror. Cheia de mistérios, segredos, mentiras. Cheia de fantasmas. Almas perdidas.

-Toda a roupa, amor.- avisou Adam, quando viu que eu ainda tinha a roupa interior vestida. Desapertei o meu sutiã, o retirando de mim, juntamente com a calçinha de renda.
Baixei a cabeça para o chão, deixando que as infinitas gotinhas de água caíssem no soalho, como se fossem gotas de chuva que vinham do teto antigo, numa noite de tempestade.
Não tinha coragem para encarar o rosto satisfeito de meu irmão. Eu me sentia exposta, me sentia suja, usada. Estava farta. Farta de ser uma boneca nas mãos de um mostro como Adam. Ele pode me usar quando quiser, pode despir, voltar a vestir, bater, fazer tudo, como se eu fosse apenas sua propriedade.
Meus cabelos loiros escondiam uma parte de meu rosto, que encarava o chão, com medo de olhar para o seu "dono". Meu corpo despido e encolhido de medo, esperando o homem horrível fazer algo com ele.
Era a imagem de uma garota fraca e inútil, que mal consegue dizer um "NÃO".

-Se coloque de quatro para mim, como eu te ensinei.- ordenou Adam, e assim o fiz, me colocando de gatas no chão, tal e qual um animalzinho de estimação.

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