Capítulo 25

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-Zayn, mas que porra?! Me deixa, vai embora!- eu grito sobressaltada  e Zayn recua alguns passos para trás.

-Calma, Jessabelle... eu só quero ajudar!- ele tenta se chegar perto de mim, novamente, mas eu o impeço com um movimento ágil e brusco.

-Juro que irei bater em você se não parar- eu ameaço o moreno e um sorriso trocista se forma nos seus lábios.- não estou brincando, Zayn.

-Você fica tão bonita quando está brava.- ele me elogia com um sorriso bobo e eu me controlo para não saltar para cima dele e beijá-lo por todos os cantos.

-Pare de dizer essas coisas.- eu reviro os olhos e Zayn ri um pouco, mas logo volta á sua posição tensa e séria.

-Vou matar o seu irmão.- ele declara com pura descontração e confiança.

-Não, não vai. Que tarado, Zayn... pare de fingir que se importa comigo, porra! Agora você tem uma pessoa para se puder preocupar de verdade, lembra? Você agora é pai!

Zayn solta um longo suspiro e nega com a cabeça, enquanto coloca a sua mão dentro do bolso das calças de ganga e retira do mesmo um maço de tabaco.

-Você ainda não entendeu os meus sentimentos por você.- ele diz e eu arranho a pele do meu braço com irritação, ao ver os seus lábios carnudos entre-abertos, segurando um cigarro. Zayn gesticula com as mãos para que eu acenda o seu cigarro e eu me recuso a fazê-lo.

-Não vou acender porra nenhuma.- eu digo com frieza na voz e ele não parece ficar surpreso com a minha reposta.

-Ordens do mestre.- ele gargalha um pouco com a sua frase e eu reviro os olhos. Zayn morde o seu lábio inferior ao observar o meu ato desrespeitoso e eu quero muito matá-lo neste preciso momento.

-Não faz isso comigo, amor.- ele implora com uma voz, propositadamente, sensual e eu relaxo os meus músculos e me coloco numa posição menos tensa. A minha tentativa de parecer dura e intimidadora era, claramente, um enorme falhanço.

-Está brincando comigo, só pode.

-Acenda o cigarro.- ele ordena num tom totalmente diferente do anterior, desta vez, muito mais hostil.

-Não, acenda você.- eu uno as minhas sobrancelhas e cruzo os braços, Zayn parece transtornado.

-Você sempre gosta de acender.- ele faz uma pequena birra, parecendo uma autentica criança de cinco anos.

-Pare de alterar os tons de voz, isso me deixa confusa!

Zayn solta uma risada escandalosa, que me faz pular de susto, e dá inicio a inúmeras gargalhadas altíssimas. Nunca o vi rir tanto.

Ele coloca a mão na sua barriga e tenta recuperar o fôlego, em seguida tosse bastantes vezes antes de prosseguir.

-Porra, não me ria tanto desde que... hum, desde que o Eugene espiou a Rosita e o Abraham a fazerem sexo no chão daquela biblioteca.

Eu franzo o meu nariz e encaro a figura ridícula do moreno, que continua a rir e a rir. Permaneço por alguns segundos a encara-lo, até que arregalo os olhos ao me lembrar de que Zayn é um retardado consumidor de droga. Ó, isso mesmo, cause que me esquecia desse facto tão interessante.

-Você se drugou, antes de vir para o colégio?- eu questiono e Zayn para de se rir e me olha com bastante seriedade.

-Não, que louca... um homem já não pode nem rir?- ele se defende, obviamente bastante irritado com a minha acusação.

-Pronto, estava só perguntando...- reviro os olhos e vejo Zayn retirar o seu cigarro da boca e voltar a guarda-lo no seu devido lugar.

-Não vai acender? Também não o vou fumar.

Eu encolho os ombros e ouço o som estridente da campainha da escola. Zayn revira os olhos ao pressentir o toque de entrada para a primeira aula do dia.

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