A vida de um palito de fósforo

119 13 8
                                    

HELLO TELHADÔUS! Tudo em cima? Aqui temos um maravilhoso conto! A vida do pobre Firmino que... nada não, não vou dar spoiler. Boa leitura.

Beijo de caranguejo, falem pra Poseidon que a sereia vai indo S2 '3'

------------------------------------------------

Meu nome é Firmino, e eu sou um palito de fósforo. Entendeu a lógica do meu nome? FIrmiNO, FINO. Meus pais pensaram bem em um nome para me dar. Eles eram dois pedaços de tábua, sou feito de madeira de demolição.

Sabe, minha vida foi muito boa. Quer dizer, só que não.

Vida de palito não é fácil! Meu amigo - um palito de dente, Osvaldo - vivia dizendo que não é nada legal tirar restos de comida dos dentes alheios. Bom, depois ele foi pro lixo. Osvaldo está muito feliz agora, ouvi uma andorinha dizer que ele estava morando no interior do corpo de uma tartaruga, a coitada. Jogaram o Osvaldo no mar, e ele acabou sendo comido por uma tartaruga - e ela ainda está viva.

Nós, palitos de fósforo, começamos a sofrer logo quando somos encaixotados. Vivia eu e mais noventa e nove palitos iguais a mim, todos dentro de uma minúscula caixa. Não tínhamos o mínimo de privacidade sequer. O pior é que eu morava lá no finalzinho, seria o último a ser usado, provavelmente.

Ficamos anos esperando ser cormprados, ninguém nos queria. Foram cerca de quatro anos ali, naquela prateleira imunda do mercadinho da esquina. Finalmente uma pessoa foi nos comprar, seu nome era Jorginho. Eu soube porque escutei o cara do caixa falar: "e aí, Jorginho? Como vai sua mãe?".

Para um palito ser feliz, ele precisa ser usado. E eu fui o nonagésimo oitavo a poder ter o prazer de sentir minha cabeça sendo riscada e, consequentemente, pegar fogo. Fui utilizado para acender uma vela, que maravilha!

Após o uso, somos jogados fora, no lixo. Convivi ao lado de uma casquinha de ovo super simpática, a Clara. Claro que tinha aqueles chatos, tipo o tomate podre, super azedo ele - em todos os sentidos. Eca!

Certo dia, a mãe do Jorginho mandou ele jogar o lixo fora. Foi aí que tive de ser transferido - mais uma vez. Até que eu gostei de onde fui morar, numa lixeira cheia de sucata legal. Só tinha gente boa naquele lugar, você não imagina! A caixa de leite despedaçada era muito massa, dava ótimos conselhos.

Bom... acabou que eu fui quebrado ao meio. Um cachorro foi fuçar a nossa morada, que trágico! Hoje eu moro aqui, no céu das sucatas. No Reino dos Lixo-Luxo.

Esses Jovens de Hoje em Dia - Contos e CrônicasOnde histórias criam vida. Descubra agora