Capítulo 11

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Era exatamente isso que você tinha que fazer pra ficar bem de novo, estragar tudo com a pessoa que mais te ajudou (querendo ou não admitir isso) desde...

O que eu fiz de errado? Ah, talvez eu o beijei e tirei e ops A PORRA DA MINHA ROUPA! Eu sabia que eu iria me arrepender, estava fazendo aquilo consciente disso, se fosse por mim iria até o final, porque ele me deixava louca, nunca ninguém teve esse controle sobre mim, já tava na hora de acordar e de qualquer forma aquilo não ia a lugar nenhum.Mais um dia e depois acabou, é isso. A única coisa que me deixava melhor era saber que depois de amanha eu nunca mais precisaria vê-lo de novo. Eu ficaria até um pouco triste depois daquela noite incrível que tivemos mas como sempre eu tinha que estragar tudo, agora eu sinceramente pretendia sumir.

O dia já estava ficando claro, e nem se eu quisesse (e conseguisse) dormiria, e como todas as coisas do Caio estavam no quarto ele teria que vir buscar.  Eu mofaria no aeroporto mas não ficaria no mesmo ambiente que ele mais, não mesmo.

Tomei um banho, e aquela cena se repetia na minha cabeça sem parar por mais que eu tentasse pensar em outras coisas parecia que tudo me levava a aquilo. Sai do chuveiro e já eram umas 6h, tentei arrumar tudo o mais rápido possível, para não precisar vê-lo mais.

Eu iria querer comer todo mundo se eu fosse homem, com toda sinceridade. Tudo bem que não era assim que eu queria que ele pensasse, mas se eu fosse ele estaria mais que feliz. Ele me beijou duas vezes e quando eu vou beijar levo um fora? Tudo bem que nós não iríamos só nos beijar mas foda-se, eu estava me sentindo totalmente rejeitada e burra por ter feito aquilo.

(...)

Eu estava sentada na minha poltrona no avião e era muito rápido, 1 hora e pouquinho de viajem até San Diego- CA, lá iria pagar um ônibus para Santa Barbara- CA que era finalmente onde eu deveria estar há 4 dias atrás.

-Não tem como trocar a poltrona?

-Não senhor, sinto muito.

-Eu fico em qualquer lugar!

-Infelizmente esse é o único lugar vago que temos, o avião já vai decolar, por favor sente-se e coloque o cinto de segurança.

Escutei vozes em português o que me chamou atenção. Identifiquei aquela voz, já tinha acordado mas não me permitir abrir os olhos e ver o que estava do meu lado, senti a cadeira do lado se mexendo, e continuei com a cabeça apoiada no travesseiro que estava na janela, e senti um perfume mais que familiar, involuntáriamente abri meus olhos e o vi ali, do meu lado me encarando com aqueles olhos azuis que pareciam estar mais cinzas agora, seu cabelo escuro estava molhado, como se estivesse acabado de sair do banho, ele estava com um suéter azul com apenas alguns detalhes em xadrez e uma calça vinho, ele olhava pra mim com o mesmo espanto que eu o olhava.

-Oi.- ele disse sem graça, encostei minha cabeça de volta no travesseiro e fechei meus olhos novamente torcendo pra aquilo ser só um pesadelo.

P.O.V Caio's
Porra Luna, tudo que eu queria era estar naquele quarto agora com você e te enlouquecer, mas eu não podia fazer isso com ela. Eu estava ali (querendo ou não admitir isso) á trabalho e quando ela descobrisse ela ia se sentir usada, eu já me senti assim e poucas coisas são piores. Eu queria mais que tudo não sentir uma atração fora do normal por esses olhos, por esse sorriso e por cada uma dessas curvas perfeitamente desenhadas, pelo jeito que ela fica com vergonha e por sua risada extremamente escandalosa mas acho que ninguém nunca me dominou como aquela garota poderia se quisesse. Seria mais fácil se ela não fosse perfeita, talvez um pouco bravinha e um pouco machucada também, mas nada que não passe com um beijo.

Ela se deitou e ali ficou o tempo todo, desde o meu oi até a hora que a aeromoça anunciou o pouso e aquilo me matou, saber o quanto ela estava certa por não querer mais olhar pra mim, eu a olhei, se olhei...

O começo do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora