O começo do fim

Capítulo 9

DIAS ATUAIS:

Desde o minuto em que a Luna me chamou pra sair com uma empolgação totalmente incomum soube que havia algo extremamente errado, mas resolvi não contraria-la, pois mesmo que ela não tivesse me convidado eu teria que ir, já que era esse o meu trabalho por um mês, seguir uma menina e resistir a ela.

Ela estava tão gostosa que meu amiguinho de baixo já resolveu dar sinal de vida. Puta que pariu, ela devia se vestir assim todos os dias. Fiquei encarando por alguns segundos cada detalhe de seu corpo, que, por sinal, se destacava ainda mais com aquela roupa extremante sexy. Perdi-me algumas (várias) vezes nela durante aquele percurso até o elevador. Foi uma tortura tentar esconder minha excitação e ter de disfarçar que estava quase a engolindo com os olhos. Fomos ao bar e como eu não queria prende-la, deixei-a na mesa porque sabia que eu não seria uma boa companhia no momento, a culpa por estar fazendo aquilo com ela estava me consumindo.

Resolvi ir dançar com algumas meninas que estavam ali pra tentar esquecer essa situação à qual estava submetido e fingir, pelo menos por uma noite, que eu era um cara qualquer que estava ali para se divertir. Claro que eu não queria sufoca-la, mas meus olhos não a perderam de vista um segundo sequer, aliás, nem se eu quisesse conseguiria parar de olha-la, ela conseguia me encantar de uma forma inexplicável. E pelo visto eu não era o único cara sob o 'feitiço' daquela garota. Ela fazia macumba, só pode. Todos que passavam por ela a olhavam de boca aberta. E ela nem se dava conta dos efeitos que causava. Diferente da maioria das mulheres bonitas as quais têm consciência de sua beleza e a usam como uma arma contra os homens, Luna era dotada de uma ingenuidade encantadora. Porém, eu tinha certeza de que havia algo errado desde que o momento em que a vi chorando, nem mesmo agora, toda produzida e com um sorriso extremamente convidativo em seus lábios, ela conseguiria me enganar. Era só olhar em seus olhos que se percebia o quão quebrada por dentro ela estava, por mais gay que soe dizer isso era a mais pura verdade.

Fui ao banheiro por mais que eu sentisse que deveria ficar a olhando o tempo todo, depois daquele cara em "nosso" quarto a agarrando senti uma pressão ainda maior sobre o quanto aquela menina realmente precisava de proteção, tanto física como psicológica pelo que via em seu olhar, e nessa altura das coisas nem se eu quisesse conseguiria deixa-la sozinha ali depois de perceber o quanto ela realmente precisa de alguém.

Segui aquele corredor até o banheiro, algumas vadias andavam na direção contrária a minha me olhando com um sorriso extremamente malicioso em seus lábios, mas eu em meu estado normal teria dado mole pra ela, mas como a Luna não me deixa em estado normal e eu estava ali basicamente "a serviço" preferi mijar logo e não tirar o olho da irritadinha nem um segundo.

Aquela palhaçada já estava indo longe de mais, quando voltei ela estava saindo dali completamente descontrolada, com a saia totalmente embolada, fazendo o olhar daqueles vagabundos se perderem mais ainda naquele corpo, fui até ela fuzilando todos que a olhavam com malicia o que não os deixou nem um pouco intimidados, por isso acho que tenho muito a melhorar minha cara de mau, fiz perguntas que foram totalmente em vão, porque ela passava sua mão em meu rosto e repetia "Me beija" eu juro que se você estivesse um pouquinho mais sóbria eu faria lindinha.

Puxei a saia dela pra baixo, antes que aparecesse ainda mais do que devia, a deixei sentada no banco e fui pagar a conta, foram 20 segundos suficientes pra ela sumir dali, que merda, quando eu disse babá não imaginava que seria no sentido literal. PORRA LUNA! Como ela conseguiu andar tão rápido? NÃO NASCI PRA CUIDAR DE BÊBADO, mal sei cuidar de mim mesmo sóbrio.

Sai do bar e a vi na do outro lado do gramado perto da piscina, senti um alívio muito grande por ela ainda estar ali perto . Sentei ali na grama com seus sapatos e sua bolsa em minha mão, eu riria daquela situação se eu não estivesse com vontade de matar ela.