Capítulo três

6.4K 733 77
                                    

SOMENTE DEGUSTAÇÃO!  



Marie


Não consegui ficar parada, sem fazer nada. Deixei o James falando sozinho e fui atrás do grosseirão do meu marido.

Arg, se esse homem não fosse tão gostoso!

Fui direto ao seu escritório sem me dar ao trabalho de bater na porta. Encontrei-o fumando um cigarro e com um copo de uísque na mão.

— Quem te deu autorização para entrar no meu escritório, Marie? — Sua pergunta saiu em um tom perigosamente baixo.

Abri a porta e bati com tudo, apontando o dedo em sua direção.

— Será possível que você não se cansa de me machucar? — perguntei, parando diante dele. Meu nível de irritação é enorme. — Daqui a pouco vai querer me tirar a Cas e a Emily também, seu ogro!

Ele bateu na mesa e me assustou.

— Eu sou o seu marido, porra! Exijo respeito! — gritou

— Marido? — perguntei de forma sarcástica. — Onde está esse marido que eu não estou vendo? — Caminhei pelo escritório, fingindo estar procurando por ele; e percebi que quando ele tomou um gole da sua bebida, travou um pouco o maxilar

— Você carrega o meu sobrenome Marie, e eu...

— Eu não me vejo como uma mulher casada, Andrew. Você faz ideia do tormento que tem sido a minha vida? — perguntei, vendo-o apertar os dedos contra o copo.

Aproximei-me da mesa e me debrucei, encarando-o e notando o brilho da aliança em sua mão esquerda.

—Você, que exige tanto respeito, por acaso tem a hombridade de tirar a aliança do dedo quando vai comer alguma vagabunda? — perguntei, surpreendendo a mim mesmo pela minha coragem e audácia.

Seu olhar escureceu, e ali eu percebi que tinha ido longe demais. Assisti quase em câmera lenta ele apagar o cigarro no cinzeiro e sem desviar os olhos dos meus, levantar e dar a volta na mesa, chegando até onde estava. Esqueci-me de respirar.


Andrew

Em um movimento rápido eu a puxei pelos cabelos, forçando o seu corpo para trás até que ela estivesse totalmente encostada na mesa. Meu aperto forçou sua cabeça para o lado, deixando o seu pescoço a mostra. Marie estava com os olhos arregalados e amedrontados. Eu não podia julgá-la porque eu estava fora de controle. Olhei-a com raiva, mas a raiva que sentia não é dela e sim de mim, por saber que estava cooperando com uma mentira que não só a enganava, mas que feria seus sentimentos e sonhos com uma família perfeita... algo que eu não poderia dar a ela; ao menos não nessas circunstâncias.

Desesperado, afundei meu rosto em seu pescoço para sentir o seu cheiro. Não resisti a vontade de passar minha língua na pele sensível da sua orelha, vendo seu corpo se arrepiar. Isso me inebriou de tal forma que pensei que não conseguiria suportar. O que vai sobrar do coração dela depois que a verdade vir à tona?

— Eu posso comer quantas mulheres eu quiser. — Cruelmente sussurrei contra o seu ouvido. — Mas você continuará sendo minha, entendeu?

Senti meu coração pesar ao ver as suas lágrimas e seu olhar machucado. Afrouxei o aperto e a encarei-a, mantendo a expressão fria.

Com a mão livre eu limpei suas lágrimas e soprei contra sua boca

— Minha.

Sem aguentar olhar mais para o seu rosto banhado de lágrimas, eu a soltei e me virei de costas. Buscando respirar fundo, afirmei para mim mesmo que aquilo era o correto a fazer. Eu precisava destruir o amor que ela sentia por mim. Seria melhor para nós dois, pois eu não aguentaria ver a sua decepção quando descobrisse a verdade por trás do nosso casamento.

Eu Sou A Amante Do Meu Marido(Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora