Capitulo 4

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#Luís a narrar

Entretanto chegamos ao baile e acontece algo que me incomoda bastante e percebo que também está a incomodar a Mafalda, só não consigo perceber o porquê.

Assim que lá chegamos as raparigas começaram todas a vir para o pé de mim, o que a Mafalda e eu não gostamos nada, pois eu não quero miúdas à minha volta, só quero a Mafalda.

Eu: Meninas, por-favor, deixem-me em paz.

Meninas: Mas porque, não gostas de ter as raparigas todas à tua volta?

Eu: Porque eu vós estou a pedir, e não, não gosto de ter as raparigas todas à minha volta, só quero ter uma rapariga à minha volta e essa rapariga é a Mafalda.

Meninas: O que? Ela? -dizem apontando para a Mafalda

Eu: Isso mesmo que vocês ouviram. Sim ela. Agora por-favor deixem-nos em paz.

#Mafalda a narrar

Assim que entramos as raparigas vieram todas para a volta do Luís, odeio isso, mas ele parecia não estar nada incomodado com isso, o que ainda me estava a irritar mais.

Luís: Meninas, por-favor, deixem-me em paz.

Meninas: Mas porque, não gostas de ter as raparigas todas à tua volta?

Luís: Porque eu vós estou a pedir, e não, não gosto de ter as raparigas todas à minha volta, só quero ter uma rapariga à minha volta e essa rapariga é a Mafalda.

#Pensamento da Mafalda

Ele deve estar doente, só pode, para dizer uma coisa destas.

#Fim do Pensamento

Meninas: O que? Ela? -dizem apontando para mim

Luís: Isso mesmo que vocês ouviram. Sim ela. Agora por-favor deixem-nos em paz.

Elas acabam por se ir embora e assim que elas estão longe viro-me para o Luís:

Eu: Finalmente foram-se embora, já me estavam a irritar.

Luís: Isso são tudo ciúmes?

Eu: Não, mas ao menos podiam respeitar o facto de estares acompanhado, que eu saiba ainda não sou invisível.

Luís: Esquece isso, vamos divertir-nos. Anda dançar.

Eu: Mas eu não sei dançar, não te esqueças que eu tenho dois pés esquerdos. - Digo a rir-me

Luís: Eu também tenho dois pés esquerdos e quero ir dançar na mesma. Vamos aproveitar está noite e divertir-nos.

Eu: Está bem, vamos lá.

Fomos dançar e começou a dar uma música calma, então começamos a dançar ainda mais agarrados, o que me estava a deixar um pouco desconfortável, pois consegui perceber que toda a gente olhava para nós.

Eu: Podemos ir lá fora um bocado? 

Luís: Claro, mas está tudo bem?

Eu: Sim, só estou um bocado desconfortável por estar toda a gente a olhar para nós.

Quando chegamos lá fora sentamo-nos num banco que lá havia e não sei como, mas ganho coragem para lhe perguntar aquilo que queria perguntar desde a cena das raparigas à entrada do baile.

Eu: Aquilo que tu disseste às raparigas quando chegamos é verdade?

Luís: Porquê isso agora?

Eu: Responde à minha pergunta, por favor.

Luís: Ok, mas qual das coisas que disse?

Eu: A de só me quereres a mim à tua volta.

Luís: Sim, é verdade. Porque, não queres, é?

Eu: Não é nada disso, Luís. Simplesmente não estava à espera que dissesses uma coisa dessas. Afinal de contas, sou só a tua melhor amiga e elas, bem elas são as raparigas de quem andas atrás todos os dias.

Luís: Pois, mas disse. Tu não és só a minha melhor amiga e tu sabes disso e elas ao pé de ti não são nada, nunca foram.

Eu: Não é isso que mostras a toda a gente, antes pelo contrário.

Luís: Tu conheces-me, sabes que na realidade não sou assim e sabes também o porquê de o fazer.

Eu: Sim, sei isso tudo e continuo a não concordar com o que andas a fazer, mas isso já sabes. O teu problema é que quando perceberes isso pode já ser tarde de mais e podes também já ter perdido as pessoas que realmente se preocupam e importam contigo.

Luís: O que é que tu queres dizer com isso?

Eu: Quero dizer que aos poucos estás a tornar-te realmente num mulherengo que só quer as raparigas por um dia e depois "deitas" fora e custa-me que tu não te apercebas disso. Às vezes parece que já não te conheço, que já não és o mesmo que eras quando nos conhecemos.

Luís: Como é que queres que seja o mesmo depois do que aconteceu? Como? - Diz já irritado.

Eu: Tens de ultrapassar isso, Luís. Ficares preso ao passado não te vai ajudar, só te vai prejudicar. Pensa nisso.

Luís: Onde vais?

Eu: Vou voltar para dentro, acho que precisas de ficar um pouco sozinho a pensar.

#Luís a narrar

Fiquei realmente a pensar naquilo que a Mafalda me disse e sei que ela tem razão, mas não foi ela que passou por tudo o que eu passei.

Embora ela sempre lá tenha estado a apoiar-me não foi ela que sofreu com tudo, e por muito que eu queira seguir em frente não consigo, existe sempre algo que me "puxa" novamente para trás.


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Olá! Aqui está mais um capítulo! Ao escrever este capítulo tive algumas ideias novas, pelo que o rumo da história foi mudado pela terceira vez desde que comecei a escrever! Espero mesmo que gostem!

O que será que aconteceu ao Luís no passado para ele ser assim? (Deixem as vossas opiniões nos comentários)

E não se esqueçam de votar se gostarem do capítulo!

Obrigada e até ao próximo capítulo! 

Muito mais que uma Amizade - LMOnde histórias criam vida. Descubra agora