Simplesmente tu e eu

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Vigésimo Oitavo Capítulo
17:57
Se calhar o pensamento humano resume-se a memórias. Memórias de esquecimento que já nada pode alcançar. Memórias de bons momentos que vivem na nossa mente alegremente e de lá não querem sair. Memórias menos boas que atormentam a mente perspicaz do ser humano. Mas meramente são libertadas para serem ouvidas pelos outros, permanecem trancadas a sete chaves no nosso pensamento, na nossa alma.
Solenemente são aprisionados em lágrimas, de felicidade ou de tristeza, num suspiro, numa dor. Pensamento, obscuro e sombrio, colorido e feliz, sem vida que levar, sem frase para proferir.
Abandonei o pensamento no meu percurso pausado, sem limite de chegada, sem tempo limitado. Mas precisei de olhar em volta e ver tudo e todos. Reparei num rapaz de estatura média, cabelo castanho reluzente , pele clara mas não tão clara como a neve. Ele estava de costas. Sabia que era ele mesmo assim, pois o meu pensamento era apenas preenchido por ele. Andei em vagorosos passos até ele, colocando a minha mão no seu ombro. Aí, apercebi-me que ele era o meu tal pensamento, vagueando pela minha alma subtil e frágil. Sem saber vi-me perdida em seus olhos, no seu sorriso.
Acordei! Sei que não tinha sido um sonho, pois tinham sido poucos os segundos de olhos fechados. A minha última memória era eu a abrir a mensagem do... Rapaz de estatura média e cabelo castanho reluzente. Pensamento malévolo este!

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