capitulo final

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A tempos a alegria não fazia morada por tantos dias, tardes e noites na casa de Max .

Ele já havia se esquecido de como era bom morar com a família, sua mãe e irmãs trouxeram o calor para aquele apartamento tão sombrio e quieto .

Os perfumes agora eram outros, os cremes e cheiros eram outros. Mulheres sempre foram sua verdadeira paixão mas de fato aquelas eram especiais .

Um tanto quanto inconstantes eram crianças que ali estavam, como se tivessem voltado no tempo os risos e apelidos brotavam como se estivessem em sua velha infância .
Camélia agora vestida de felicidade e plenitude sequer lembrava de sua antiga  casa, suas joias nem faziam falta, agora mulher completa e serena, jamais dispensando uma bela piada sendo ela suja ou inocente .

Judith a mulher antes de pura amargura e pedantismo, hoje é comparada a uma melancia ... uma fruta de casca dura mas se revelando com uma certa doçura . Frases ditas em um certo momento de descontração entre irmãos .

Madison aos poucos deixando aflorar sua adolescencia a la Avril Lavigne, um patético talvez ... fazendo algumas mechas coloridas em seus cabelos beirando ao complexo de Peter Pan . Estranhamente bizarro, mas essa era Madison .

Max agora poderia definir-se como um sorriso ambulante . Acorda sorrindo... Carla é o motivo, no caminho do trabalho fazia planos de como seria sua noite, volta para casa nas núvens sabendo que depois de uma maravilhoso jantar em família encontraria com sua amada.
Nunca havia acariciando tanto uma barriga, crescente e lindamente redondinha.

A euforia tem feito presença constante entre eles devido  o dia mais esperado do resto de suas vidas, finalmente havia chegado a tão esperada ultrassom ... Menino ou menina o que seria ? Carla nunca escondeu sua imensa vontade que fosse uma menininha .

Ela irá trabalhar no periodo da manhã, lutando com sua ansiedade para se concentrar em sua obrigação enquanto as horas não passam, como se estivesse no dia mais longo do ano .

O exame estava marcado para as treze horas, mas o relógio parecia não querer sair das onze e quarenta e oito.

Max  faz de tudo para que não enlouqueça, realiza reuniões com dois grupos de funcionários, outra de última hora com seus gerentes, reavalia o rendimento de suas equipes. Sem que perceba acaba com duas barras de chocolate."- Minha nossa ainda é meio dia..." Ele está nítidamente eufórico .

Finalmente acaba seus compromissos e com isso está livre para ir pegar a tropa enlouquecida que o espera para acompanha-lo até a clínica. No caminho muita conversa e risadas, somados a um nervoso descomunal fazendo com que Max se perca no caminho.

Depois de passar três vezes pela mesma rua, vencido pelo cansaço resolve parar e ligar para Carla afim de saber como chegar na tal clínica que parecia estar brincando de se esconder .

- Mas aonde fica essa droga ?- Max frustrado e visivelmente exausto .

- Porque você não usa o GPS já que está perdido, afinal é para isso que ele serve não é mesmo ?- Carla pergunta com um certo ar de deboche percebendo pela voz que ele está para lá de ansioso.

- Puta merda. - Somente agora ele caiu em sí e lembrou desse detalhe .- Estarei ai em ... dez minutos ... porra ... fui.

Carla como era de esperar chega antes, sai do carro e caminha com as mãos em sua barriga mais crescida que no dia anterior. Faz um longo carinho imaginando a cor de seus olhos, os dedos seriam longos como o do pai ?

Qual seria a cor de seus cabelos ? A personalidade de quem herdaria ?

Seria forte e destemido como um lenhador dinamarquês ou uma linda menina de feições angelicais ... poderia ser uma forte dinamarquesa de feições angelicais ...

O tentadorOnde histórias criam vida. Descubra agora