Chapter IV

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Bem... Voltando a James, lembro exatamente o dia em que ele começou a me causar problemas desnecessários. Estávamos em mais uma aula de geografia e antes que ele entrasse na minha sala eu troquei de lugar. Normalmente eu sento na frente, mas depois do que aconteceu naquele bar, eu estava fugindo dele descaradamente. E sinceramente? Não me importava nenhum pouco que ele percebesse.

"Bom dia pessoal, aonde paramos na aula passada?" Ele pergunta organizando suas coisas sobre a mesa dos professores.
"O senhor terminou de explicar o que era solistício." Ana responde, lendo em suas anotações no caderno.
"Então vamos dar continuidade ao assunto... Alguém pode me lembrar o que é um solistício?" Ele fala passando o olhar por toda a sala, parando em mim. "Romine?" Ele pergunta esperando que eu realmente respondesse.
"Hum... Talvez Ana saiba responder melhor que eu." Eu digo gesticulando com a cabeça para a garota que levantou a mão antes mesmo dele terminar de perguntar.
"Ana?" Ele diz revirando os olhos para a garota.
"Bem..." Ela diz sorrindo orgulhosamente feito uma retardada. "Solistício é o momento em que o sol, durante seu movimento aparente, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador."
"Exatamente. Obrigada pela resposta Ana." Ele dá uma piscadinha para ela que continua sorrindo. Garota idiota.
"Vejamos... Agora, vou começar a falar sobre o Equinócio." Ele diz se virando para fazer algumas anotações na lousa.

Nate que estava sentado a minha frente, coloca a sua mão para trás para ficar passando pela minha perna. Ele ia fazendo movimentos leves e quando parava, apertava levemente.

"Bem... Anotem isso ai. 5 minutinhos para eu poder começar a explicação." Ele diz indo em direção ao seu birô olhando de mim para minha perna onde a mão de Nate estava posicionada.

A sala estava toda em silêncio e quando eu arrasto um pouco a cadeira para frente pra poder me sentar um pouco mais perto de Nate, o som do arrastado fica um pouco mais alto que o normal.

James levanta o olhar para ver do que se trata e abaixa novamente a cabeça, tentando se concentrar em suas próprias anotações.

Nate, sobe seus movimentos com a mão da minha canela para minha coxa e eu dou uma risadinha e batendo levemente em seu braço.

Ele repete o movimento mais uma vez. Dessa vez, passando a mão por dentro da minha coxa, me fazendo fechar as pernas rapidamente e derrubar o meu estojo no chão.
"Pare, ou eu vou bater em você." Me inclino um pouco para falar em seu ouvido.
"Bater uma pra mim?" Ele pergunta com um cinismo claro em sua voz. "Parar o quê? De fazer isto?" Ele pergunta maliciosamente repetindo o movimento. Eu me contorço na cadeira quando ele chega perto de mais da minha... Da minha... Pois é! E quando eu olho de um lado para o outro para me certificar de que ninguém está vendo aquilo, percebo que James, está me olhando com um olhar furioso.

Meu coração para diante daquilo. Quando eu menos espero, ele levanta e vem andando passando por mim. Eu suspiro aliviada e quando relaxo, ele para diante a porta da sala abrindo-a e dizendo: "Allie Romine, na sala dos professores, agora!"
"Por qual motivo?" Eu pergunto relutante tentando não acreditar naquilo.

Ele olha de mim para Nate. E quando Nate percebe que todos estão olhando para nós dois, ele retira lentamente a mão que estava na minha perna e se vira voltando para as suas "anotações."

Eu levanto totalmente sem jeito da minha cadeira, pois todos os olhares estavam sob mim. Que merda hein? Qual o problema daquele cara?

Quando saio da sala, ele fecha a porta,acelerando o passo e indo a frente em direção a sala dos professores.

Finalmente, quando chego na porta da sala, ele entra e começa a andar de um lado para o outro apenas esperando que eu entrasse.

"Feche a porta." Ele manda.
Puta que pariu. Meu estomago embrulhou quase que instantaneamente. Eu estava sentindo... Medo?

"Mas o que foi aquilo?" Ele grita sem olhar para mim.
"Aquilo o quê?" Eu pergunto me fazendo de louca.
"Você sabe, não se faça de sonsa. Você está querendo me provocar ou algo assim?" Ele pergunta furioso.
"Provocar? Do que você está falando?" Eu pergunto tentando ser mais verdadeira o possivel. Aquilo estava tão ridículo e eu estava tentando não rir da cara dele. Ele de longe poderia estar fazendo aquilo.
"Do que eu estou falando? Você e Nate. Ele passando a mão na sua perna. Você pensa que eu não vi? Você acha que eu não percebi o jeito que você se contorcia na cadeira ao receber o toque dele?" Ele pergunta vindo em minha direção.

Aquilo começou a não ter sentido nenhum pra mim. Ele era meu professor, e nós estavamos na escola. Eu estava começando a ficar nervosa e com isso eu não iria consegui me segurar. Acabei soltando uma gargalhada sem querer.

"Do que você está rindo?" Ele pergunta tentado entender a situação que ele mesmo se meteu.
"De você." Eu digo rindo muito mais alto.
"Você está rindo? Você não tem motivos para estar rindo garota."  Ele diz olhando seriamente para mim.
"Tenho sim." Eu digo colocando a mão sobre a boca, como se eu não quizesse deixar escapar as minhas risadas. Quando faço isso ele vem em minha direção dizendo:
"Vamos ver se você vai ter motivos pra rir agora..." Ele me pega pelo braço, me vira de costas na parede e se encosta em mim.

Caralho... O corpo dele estava quente, a respiração ofegante atingiu o meu pescoço e ele estava muito, muito duro. Comecei a sentir meu corpo reagir. Aquilo estava me deixando molhada. Mas que bosta... Que porra estava acontecendo comigo? Não, não, não. Eu tinha perdido, eu tinha perdido... Meu corpo tinha cedido a ele. Isso não poderia estar acontecendo.

"Está sentindo? Está sentindo isso? Isso é por sua causa, por sua culpa. Você me causa isso Romine." Ele diz no meu ouvido, se pressionando mais contra mim. "Cadê as risadas hein? Quero ver você rir agora menina." Ele pergunta ironicamente, se afundando no meu pescoço e passando a língua por ele.
"Sabe o que eu reparei?" Eu digo, quase beijando a parede, por conta da pressão que ele estava fazendo sobre o meu corpo.
"O quê?" Ele pergunta, sem tirar o rosto da minha nuca.
"Que você usa a parede para quê as pessoas não possam fugir de você." Digo usando um pouco de força para poder me virar e olhar diretamente para ele. "E bem... As vezes isso funciona." Termino dizendo, deixando que sua lingua tomasse conta da minha boca.

Continua...
*não esqueçam de votar babys*

Mil Romeus para uma JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora