Capítulo 4 - Entendendo a presa

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 Mas não pude deixar de me perder naqueles olhos que possuíam as íris num tom que agora encarando de perto pude ver que são um tom âmbar escuro.

Ao perceber ele se aproximando mais de mim instintivamente recuei, fechei os olhos e perguntei:

-Era só isso professor?

-Hunf -bufou- por hoje sim, senhor Lemos.

Vou até minha carteira, pego minha mochila e me direciono a porta, quando ia abrir, sinto meu braço sendo puxado.

-Por quê? - ele perguntou-

-O-o que? - pergunto envergonhado-

-Por que sempre foge de mim? - continua-

-Eu não sei do que está falando.

 -Admita que gosta de mim. Sinceramente, não sei qual seu grande medo, já não lhe disse que não vou fazer nada que você não queira?!

 Ele solta meu braço, eu caminho até sua mesa e ele me segue. Logo ele se senta em sua cadeira e eu na carteira a sua frente.

 -Dos seu olhos... - digo-

 -O que?

 -Seus olhos me intimidam, me assustam. Eu não consigo suportar a pressão que eles me causam toda vez que você me encara.

 Eu fiquei de cabeça baixa esperando uma resposta da parte dele.

Aqueles olhos famintosOnde histórias criam vida. Descubra agora