Ele se levanta e vem até mim e para minha surpresa ele me abraça.
Diferente dos seus olhos, seus braços me passaram segurança e confiança, retribui seu abraço e logo ele sussurra em meu ouvido:
-Não sinta medo.
Eu me sentia uma criança nos braços dele, eles estranhamente me confortavam, me davam a sublime sensação de estar bem.
Ele pegou no meu queixo, me fazendo encará-lo.
E pela primeira vez eu encarei seus olhos sem medo.
-Ainda sente medo deles? -perguntou-
-N-não.
Ao terminar de dizer isso ele sela nossos lábios num delicado selinho, coisa que eu pensei que nunca poderia sair de alguém com olhos tão famintos.
Nos separamos e vejo ele me direcionar um sorriso, sem malícia ou perversão como das outras vezes.
-Se eu fosse você iria embora antes que eu perca o controle e faça coisas "impróprias" com você.
-É uma promessa ou uma ameaça? -provoquei-
E novamente vejo ele sorrir, agora sim aquele sorriso malicioso e perverso que eu gosto.
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Aqueles olhos famintos
FanfictionEu me sentia como um cervo fugindo de um lobo. E esse lobo tem nome e sobrenome: Alberto Valentino, meu professor de ciências. Me sinto sufocado. Claramente sinto uma atração por ele. Queria poder fugir disso, mas é inevitável.