2º Capítulo - Chapada de luva branca

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Suspiro impaciente e ajeito os óculos que já foram arranjados.

- Então, Eveline?... Não pode ser assim tão difícil... A equação não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. - O professor de matemática comenta desiludido, por ver a bela Eveline, a olhar para o quadro, completamente desamparada por não saber que fazer.

Ele não a devia deixar naquela tortura! Ela claramente está a morrer por fazer esta figura!

- Alguém a pode ajudar?... - O professor pergunta olhando para a turma, e automaticamente Lilian, faz-me levantar o braço no ar, contra a minha vontade.

Eu não posso ir ali! Ficar a uns centímetros de distância de Eveline! Isto não pode acontecer! Eu vou entrar em pânico! E ela pode ver isto como maneira de me gabar por ser melhor que ela em Matemática!

- Luke. Vem cá ajudar a Eveline. - O professor manda, e eu suspiro e levanto-me enquanto Lilian levanta os polegares como que a desejar-me boa sorte, e para me acalmar.

Dirijo-me ao quadro, e pego no giz para de seguida olhar bem para o que ela já havia feito.

- Hum... Tens dois erros... Um aqui - Aponto. Não é nada de mais. Ela só se enganou a trocar os sinais. - E outro aqui... - Informo. Como se enganou a trocar os sinais, o resultado deu positivo, ao invés de negativo.

- Oh... Vou só atender esta chamada. - O professor informa assim que o telemóvel pega e sai da sala fechando a porta.

- Heh! Trinca espinhas! Cuidado com a cabeça! - Um dos jogadores exclama e atira-me a bola de rugby que eu surpreendentemente apanho antes que choque contra a minha cara.

Desvio os olhos da bola, e olho para a turma em silêncio, que me olha tão chocado quanto eu estou com os meus reflexos. Eu não sei o que me deu! Eu apenas agarrei a bola e... Não sei! Olho pelo canto do olho para Eveline que está também admirada olhando-me, e sorriu de lado, atiro a bola que acerta fortemente no peito do jogador.

- Sabes... Sempre desconfiei que eras limitado de ideias, mas depois de fazeres a mesma partida duas vezes, pode confirmar a minha teoria. - Comento com um sorriso trocista.

Eu não sei que me está a dar! Eu estou a sentir-me confiante! Viro-me totalmente para Eveline, e para o quadro e corrijo os seus erros.

- Agora já está bem. - Poiso o giz, e volto para o meu lugar calmamente, sentando-me no mesmo ao lado de Lilian que me olha com um sorriso orgulhoso.

O professor volta a entrar na sala.

- Bem... Vocês estão estranhamente sossegados... - Ele comenta olhando para a turma ainda em choque.

Chapadas de luva branca meus caros. É por isso que estão tão calados a olhar-me. O professor sorri por ver a equação de Eveline agora bem resolvida, e manda-a sentar-se, para retomar a aula.

- Foi brutal. Vês? Eu disse que podias falar com ela normalmente. E adorei aquela da bola - Lilian sussurra-me entusiasmada e eu sorri ainda mais.

- Talvez tenhas razão. É bom calar esses caralhinhos por uma vez na vida. - Sussurro de volta, fazendo uma pequena gargalhada ser solta por ambos. Lixaram-se meus caros. E eu gostei. Há!

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Apenas mais um capítulo dos 3 que irei publicar hoje! Espero que gostem!


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