Capitulo 14

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2 semanas depois

Carolina Narrando

--Sua mala já está pronta. - Fechei-a e coloquei no chão.

--Obrigada meu amor. - me deu um beijo. -- Tenho que te pedir uma coisa.

--Fala.

--Eu preciso que você fique no meu lugar, comandando tudo em minha ausência.

-- Eu?

--Não há pessoa melhor, e sei que você é muito capaz.

--Tudo bem. - Ele sorriu, lindamente. Sua barba meia loira estava por fazer. Passou a mão por seu lindo cabelo . Ãh? Porque eu tô pensando isso? Não, não Carolina volta pra realidade, foca no alvo que é o dinheiro dele.

--Eu tenho que ir na empresa antes de ir pro aeroporto, você vai comigo?

--Não. - Voltei de meus devaneios e bipolares sentimentos.
--Está muito cedo.Eu tenho que ir na casa da minha tia,buscar algumas roupas minhas que ainda estão lá.

--Então eu estou indo meu amor, logo estarei de volta.

--Tchau meu amor, toda sorte do mundo pra você lá. E cuidado com aquela "Marcela" tá.

--Pode deixar, te amo. Tchau. - Ele saiu, dei tempo para que ele descesse e pela sacada vi quando ele entrou no seu carro.
Desci pelo elevador,entrei no carro.

--Bom dia Ed.

--Bom dia Sra.Suárez. Para onde?

--O mesmo lugar de sempre.

--Sim senhora. - Ed já sabia que me referia à casa de minha tia. Toda semana à visitava, claro, sem que o Ricardo soubesse.
Pelo menos até àquele dia...

Ricardo Narrando

Entrei no carro e estava cabisbaixo pensando na Carol. Eu confesso que não sei o que ela tem, o que ela fez para me conquistar dessa forma. Desde a primeira vez que a vi naquela balada sabia que era diferente.
Estou decidido, irei pedi-la em casamento assim que voltar dessa viagem. É com ela que quero estar para sempre.

--Ricardo? - Marcela colocou a mão em meu ombro.

--Olá Marcela. Está pronta?

--Sim. Vou pegar minha bolsa . - seguiu para sua sala, enquanto eu a esperava em frente ao elevador.

--Doutor Ricardo, o RH precisa que o senhor assine esses papéis referente à contratação de Carolina. - Tâmara pediu segurando os papéis.

--Como pude esquecer? Por favor, traga até minha sala. - Fui à minha sala e me sentei na cadeira, desabotoando o paletó.

--Onde assino?

--Na segunda e na última folha. É preciso que o senhor cheque se os dados pessoais e endereços estão corretos. - olhei a primeira folha, a segunda , porém na terceira uma coisa me chamou atenção. O endereço dizia que a Carolina residia no bairro do Leme, número 311.

--Que estranho!

--O que houve doutor?

--O endereço dela está errado.

--Mesmo? Doutor isso precisa ser corrigido ainda hoje.

--Não vai dar, daqui à alguns minutos estarei indo para o aeroporto. - olhei no relógio e faltavam 27 minutos para eu estar no aeroporto.

--Ricardo? -Marcela entrou.
--Podemos ir?

--Me aguarda só alguns minutos por favor.

--O que aconteceu?

--Nada, apenas o endereço da Carolina que está errado. Eu vou ligar para ela vir aqui.

--Essa garota nos atrapalhando de novo! - Marcela não deixou escapar a chance de soltar seus comentários sobre a Carol.
Peguei meu celular e disquei seu número. Chamou, e logo atendeu.

Ligação on

--Carolina?

--Perdão senhor, Dona Carolina esqueceu o celular no carro.

--Ela saiu?

--Sim senhor.

--Ed, por favor me passe o endereço de onde ela foi.

--Não posso senhor, ela pediu que eu não dissesse  a ninguém.

--Ah não? Então considere-se demitido!

--Por favor Doutor Ricardo, eu digo. Bairro do leme, número 311.

--obrigada.

Ligação Of

--Resolveu? - Pergunta Marcela virando os olhos.

--Ainda não, mas estou prestes.

--Eu vou contigo. - veio atrás de mim. Entrei no carro e ela também. Segui para o endereço que me foi dado, inicialmente sem saber o que pensar que estava acontecendo, mas sentia que alguma coisa estava errada.

--Pra onde estamos indo?

--Não sei.

--Como não sabe? Ta indo atrás da aplicadora de golpes?

--Você quer que eu pare o carro pra você descer. - estava irritado e ela não estava ajudando falando aquelas coisas.

--Ok, calei.

Minutos depois parei no endereço que me foi dado. Um bequinho pequeno e estreito. Desci do carro e entrei nele.

--O que viemos fazer aqui? - Marcela perguntou enquanto olhava ao redor.

--Shiii. - tinha algumas casas no beco, procurei e achei a número 311. Uma casa muito simples, sem pintura, apenas reboco. Mas o que a Carolina têm a ver com essa casa?
Me aproximei da casa e bati na porta. Fui surpreendido com a pessoa que estava do outro lado da porta.

Continua...

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