Capítulo 6

113 20 14
                                    

O sabor intenso do chocolate do meu gelado funde-se na minha boca fazendo-me recordar o quanto eu sou apaixonada por cacau, no entanto, posso dizer certamente que, se não tivesse o outro caralho na cabeça, estaria a saborear muito mais este prazeroso momento. Ele não vale nada, e creio que, ainda não se apercebeu disso, pode ser que pense e reveja as suas atitudes.

Tiro, com a colher, o ultimo pedaço de gelado de dentro do copo levando-o até a minha boca e, de seguida, atiro o copo para o caixote do lixo que se encontrava apenas a, aproximadamente, um metro do meu corpo sentado.

Levanto-me decidida a fazer o caminho para casa e começo a caminhar visto que não era muito longe. Estou a precisar de fotografar para me entreter e para ver se esqueço este pequeno imprevisto da vida.

Mal entro em casa, nem me dou ao trabalho de trocar a roupa vestida no meu corpo, apenas subo as escadas, entro no meu quarto e pego na minha amada máquina fotográfica saindo em seguida, da minha residência, sem qualquer rumo.

[P.O.V Harry ]

Esta gaja tem de começar a perder a mania de que é superior, nem sei porque carga de água é que ainda lhe falo, a não ser que seja para lhe olhar para o decote ou para o rabo que, sem exagerar, digamos que não são, de todo, uma má paisagem. O que me alivia é que não tenho este tipo de intenções com qualquer uma, ou mesmo com alguém, apenas me dá gozo enervá-la.

Há, efectivamente, algo nela que me atraí, excusado será dizer que esse algo é o seu físico, até porque negar que ela é bonita seria uma estupidez.

Já depois de me sentar na mesa com os meus amigos e com a amiga daquela louca, começam as boquinhas insuportáveis.

- Muito se picam vocês. - observa o paspalho do Evan que me tira do sério. Os meus olhos rodam involuntariamente e não lhe dou resposta.

O Jason, que se encontra sentado ao meu lado, solta uma pequena risada. Decido acabar com o risinho dele com uma cotovelada um tanto ou quanto agressiva. Não tenho paciência para aturar os burros os quais chamo de meus amigos

A loira que estava ao pé do Evan dá-lhe um beijo na bochecha e eu desvio o olhar. - Era o que mais faltava, agora comerem-se à mesa. - dou por mim a rir da minha própria afirmação, até porque, na mesa come-se.

- Com esse feitio, nunca saberás o que é ser feliz com alguém. - declara a mesma rapariga.

Quem é que esta pensa que é? Claro que tinha de ser amiga da outra, para me dirigir uma resposta destas.

- Não preciso de ninguém para ser feliz. - digo com uma expressão neutra a verdade que invade maior parte do meu ser.

O que eu acabei de dizer, é sem mais nem menos, a minha representação. Eu estou bem sozinho como sempre estive, não preciso de uma gaja chata e irritante, a dar-me ordens para o resto da vida, para levar uma vida feliz e decente.

Os relacionamentos parecem um mar de rosas mas não são, e a minha paciência para aturar as merdas dos outros é nula. As gajas são todas complicadas e o maior problema é que não vêm com manual de instruções.

- Não preciso de ninguém a moer-me a cabeça para ter uma vida. - continuo a minha afirmação dita anteriormente e dou à loira um belo sorriso cínico.

- Na verdade, também não é sozinhos que conseguimos alguma coisa. - responde ela logo de seguida. Os seus olhos são um azul penetrante que focam os meus de uma maneira como que se me tivesse a dar uma lição,o que no fundo era o que ela tentava fazer, temos pena mas eu não quero saber do que ela diz.

- Estás a tentar declarar guerra comigo? Querida, nem tentes. -aviso antes de esta garota começar a disparar algo contra mim.

Felizmente ela calasse, dando a conhecer que eu é que tenho a razão naquilo que digo. Quer dizer, eu tenho sempre e não é, de todo, nenhuma novidade.

Os pedidos deles chegam e só agora é que reparo que estava tão distraído a argumentar com a loirinha que nem efetuei pedido algum.

- Olhe se faz o favor. - chamo o empregado que estava pronto a virar costas. - Traga-me uma tosta de frango. - ele aponta á medida que eu peço e vai embora aceitando o meu pedido.

Concluo que todos os meus pensamentos estão focados naquela louca, ela é tão patética e ridícula!

Enquanto pensava em várias situações em silêncio e sem prestar atenção ao que á minha volta se falava, o meu pedido chega e posso dizer que já havia sentido o cheiro delicioso da tosta mesmo quando ela estava na cozinha.

O empregado pousa-a à minha frente e depressa lhe dou uma trinca. Estou demasiado ocupado a saborear a minha comida para saber o que estes palermas estão a dizer, até que o meu nome se faz ouvir. Começo a trincar mais devagar e vejo-me forçado a intrometer-me na conversa.

- Podem repetir? - peço, uma vez que o nome Harry havia sido referido.

Todos riem e eu não acho piada, por isso dirijo-lhes um olhar mortífero demonstrando a minha insatisfação perante o riso deles e depressa o riso acaba.

- Estavamos a dizer que tu e a Sarita se odeiam e nós não percebemos porquê.- Evan fala

Sara, já tinha visto um artigo fotográfico assinado por ela mas tinha apenas "S.", aliás foi assim que descobri o local de trabalho dela, o artigo tinha uma foto e estava publicado na revista onde ela trabalha. Nome bonito mas tem outros atributos melhores, se é que me entendem.

- Então eu passo a explicar. - dou mais uma trinca na divinal tosta e acabo de mastigar para poder prolongar a minha sentença. - Ela é ridícula e enerva-me, pensa que é mais que os outros, fui atrás dela esta manhã para ter uma pequena conversinha com ela, ela deu-me para trás, há pouco discutimos porque ela é estúpida. Finito.

- Claro que é mesmo isso, claro. - a loira diz com um certo tom de ironia contra mim. Só podia ser amiga da outra.

- Não se pode estar num sitio em que essa gaja não seja assunto? -pergunto um pouco revoltado. Eu já não posso ouvir falar nessa maluca. -Até parece que ela lidera o mundo ou o caralho.

- Como é que queres que a Sara não seja assunto quando tu mesmo não paras de pensar nela?- a loira pergunta

- Desculpa? Eu penso nela? Eu quero-a bem longe. - explico-me e tento descalçar a bota desta alhada. Mas esta agora deve ser telepática ou o caralho que a foda.

- Então deve ser por isso que chamas-te Sara à tua tosta ainda há pouco. - responde o Evan pela pseudo-namorada e todos se desmancham a rir mais uma vez.

By: Mari & Lils

Este capítulo foi escrito pela Lils inicialmente mas depois, eu (Mari), reescrevi-o mas não mudei a sua essência, daí que esteja assinado "By: Mari & Lils".

Esperamos que estejam a gostar da história, deixem o vosso voto e comentário! Vemo-nos no próximo capitulo.

Lots of Love. M

Unpredictable { H.S } Onde histórias criam vida. Descubra agora