Iluminados - Capítulo 2

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Lúcia e Rafael chagaram atrasados na escola, e a Srta. Marvela, a coordenadora do colégio, deu-lhes uma bronca. Os dois seguiram correndo para suas respectivas salas. Lúcia tinha prova marcada para a primeira aula e seu pai já deveria ter começado a aula, pois sua turma estava toda tumultuada por estar sem professor.


Quando Lúcia chegou a sua sala, sentiu a mesma presença que havia sentido na madrugada, e percebeu um novo aluno. Ficou parada na porta observando ele. Jamais tinha visto um menino tão lindo.O professor virou-se para ela e disse:

— Está difícil achar seu lugar, Lúcia? A hora está passando e você não vai conseguir fazer a prova a tempo.

— An? Lúcia disse meio perdida.

— Seu lugar. Prova. Tic Tac. Respondeu o professor impaciente.

Ela foi para sua mesa e começou a prova, o sino logo tocou, e mesmo atrasada Lúcia conseguiu terminar. As aulas passaram rapidamente, e durante elas, ocorriam trocas de olhares entre Lúcia e o novo aluno. O professor de Lúcia encarregou ela de mostrar a escola ao novo garoto, uma vez que era a líder da turma.Morrendo de fome, Lúcia o puxou até o refeitório, nem perguntando ao menos seu nome. Pegaram o lanche e sentaram-se à mesa mais próxima.

— Desculpe a minha pressa. Disse Lúcia dando uma mordida em seu sanduíche. Meu nome é Lúcia e o seu?

— Tudo bem, você parece estar faminta. Meu nome é Diego.

Disse ele, num sorriso que deixou Lúcia encantada. Eles conversaram sobre vários assuntos, e se divertiram. Quando o intervalo acabou, ela estava levantando para ir para sala, mas Diego segurou sua mão e a puxou de volta para a cadeira.

— O que foi isso? Perguntou ela.

— Nada, mas vamos dar um tempo aqui, gostei tanto de você, depois entramos para sala.

Lúcia, com o pé atrás, aceitou o convite do garoto. Ela havia se esquecido de que a próxima aula era de seu pai. Quando Rafael chegou na sala e não viu a filha, perguntou aos outros alunos onde ela estava, responderam que não a viam desde o intervalo. Rafael, furioso, saiu da sala e foi procurá-la. Andou as pressas pelos corredores da escola. Chegou ao refeitório e viu os dois lá. Sentiu uma angustia. Percebeu que o menino que estava com sua filha era um deles, um dos demônios. Com o coração acelerado, gritou com os dois, ordenando que fossem já para a aula. Rafael estava perdido, a guerra estava a caminho.

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