12 - O Sonho

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Dias se passaram, Greg morto, Ali em coma, Jason sumido. As coisas não estavam boas, para nosso time. Como sempre, Nick mostrava não se importar, mas todos sabíamos o como ele se sentia. Seu silêncio falava por ele, Bianca mostrava-se cada dia mais triste. Desde que Ali havia entrado em coma, sua vida era estar na enfermaria, todos os dias a busca de algo que pudesse trazer Ali de volta. Tharia, ficava todos os dias na arena, a procura de algo que pudesse ajudar a descobrir quem matou Greg. Todos estávamos agindo de maneiras diferentes, eu não sabia como reagir, nunca fui alguém de me inturmar, nunca fui muito próximo a família. Quando consigo, isso é tirado de mim.

Então, estava no refeitório. Olhava as pessoas que ali estavam, pessoas com seus amigos, e muitas vezes familiares.

Desvio o olhar voltando o mesmo a meu prato, apesar de estar com fome, não tinha a menor vontade de comer. Sentia o cheiro da comida como algo que fazia meu estômago embrulhar. Me levanto deixando minha comida ali mesmo, corro usando minha velocidade passando pelas pessoas sem ser percebido.

Corria ate a borda da escola, me aproximava cada vez mais me apoiando na grade de proteção. Olho o mar tentando achar nele alguma resposta para meus problemas, mas nunca achava o que procurava. Logo atrás de mim conseguia ouvir passos dando a entender que alguém se aproximava, virei meu rosto novamente para a água vendo o mar. Ouvia os passos cada vez mais perto, ate que alguém fica ao meu lado olhando também o mar. Olhei para a pessoa que estava ao meu lado, o desenho de seu rosto trazia a meu rosto um breve sorriso que se desfazia com as lembranças e guio meus olhos novamente para a água.

— Sinto muito pelo que aconteceu com seu time — dizia ela num tom reconfortante.

— Primeiros amigos que tive — digo num tom o tanto quanto vazio.

— Entendo — diz ela logo se virando para mim — prazer, me chamo Lo...

— Lorena, membro do seu nome das batalhas em duplas — digo a interrompendo — prazer, sou Ray...

— Rayan — diz ela rindo — o garoto que sabe rimar — diz ela dando uma breve risada.

— Então você viu — digo numa breve risada, logo dando espaço a tristeza em meu olhar voltando meu rosto para o mar.

— Todos viram, sua primeira luta, e derrota a Nova Irmandade — diz ela num tom meio confiante — não esperava isso de um novato.

— Minha primeira luta, meu primeiro dia, meus primeiros amigos — digo num tom triste.

— Vai deixar isso te abater? Se levante, olhe para trás e veja que seus amigos não iriam gostar que derramasse suas lagrimas — seu tom de voz parecia tão reconfortante, como poderia isso?

Ela estava me fornecendo um ombro amigo, nem mesmo me conhecia. Levantei o olhar e a olhei dando um leve sorriso triste.

— Obrigado, bom, eu tenho que ir agora. Espero a ver novamente — digo num sorriso estendendo a mão.

Ela apertava minha mão sorrindo, logo ao nossas mãos entrarem em contato sinto uma breve descarga elétrica percorrer meu corpo, levando minha mão a se afastar da sua.

— Desculpa, eu ainda não controlei muito isso — diz ela se afastando um pouco.

— Tudo bem — digo dando uma risada baixa — mas eu preciso ir, está ficando tarde — digo sorrindo e a abraço — tchal.

Me afasto dela e corro ate meu dormitório, entro em meu dormitório que estava vazio. Fecho a porta e corro ate o banheiro e tomo um banho, escovo os dentes e corro ate minha cama me vestindo no caminho e me deito com a cabeça sobre as mãos olhando o teto pegando lentamente no sono.

Meu sonho foi algo estranho, estava em
uma sala escura. Pequenos e fracos raios de luz entravam pelas janelas.

A esquerda havia algo muito estranho, uma pessoa com uma máscara que parecia de ferro, um par de chifres brilhando num verde bronzeado. Uma capa verde que alcansava o chão.

— Tem certeza que quer se unir a mim? — dizia a pessoa ou ser a esquerda.

— Tenho, para mim não ha mais perdas — disse uma voz familiar — diga apenas o que preciso fazer.

— Matar, o Homem Mais Rápido do Mundo...

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