O arrependimento mata. Quantas vezes já morreste?

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Ás vezes pergunto-me porque é que o ser humano é tão estúpido e tão pequenino. Não devia ser o oposto? Ás vezes pergunto-me porque é que somos tão estúpidos. Míseros seres estúpidos. Só isto. Pomos o peso do passado que nos revolta, que nos magoa e agonia, nas costas de quem vive o presente connosco, de quem está ao nosso lado, de quem olhamos nos olhos e os esses nos sorriem (esse sentimento aquece-me, acredito que a ti também), olhos e sorrisos que não estão na nossa vida mas sim que preenchem uma grande percentagem da mesma, quando a culpa é nossa.

Conseguimos, sabe-se lá como, rebaixarmo-nos ás vontades e necessidades de outros sujeitos que não nós mesmos, afastando a inteligência, o bom senso e tudo mais para longe. Ás vezes pergunto-me porque é que em momentos após vividos, indesejáveis, perdemos a inteligência. É no mínimo estúpido... Não era o outro que dizia que se penso é porque existo? Penso tanto que devia ter mais vidas para além desta. Estou só a supor. E se não agimos em conformidade connosco mesmos é porque somos todos aquilo que não há ninguém que admita que é. Somos influenciáveis. Míseros, estúpidos e influenciáveis. Afinal ninguém faria nada que não quer para agradar ao outro se não o fosse. E fazemos. Somos. Afinal ninguém diria nada que não pensasse só para agradar a maioria. E fazemos. Eu não. Somos influenciáveis ou quê? Seremos assim tão crianças mesmo depois de adultos? Seremos assim tão ignorantes, ou somos apenas fracos? Como será possível que nos deixemos quebrar barreiras inquebraveis? Ridículos! Somos ridículos. Na verdade ninguém é igual a vida toda, ninguém pensa da mesma forma sempre, mas ainda assim... Havia um que dizia que ridículas eram as cartas de amor mas eu discordo! Ridículos somos nós, não as cartas, muito menos as de amor.

Todos os dias temos oportunidades de fazer mais e melhor. Embora percamos muitas, oportunidades vão e vêm. Pensaste melhor e queres arriscar então podes arriscar. E a vida é feita de riscos! Pensaste melhor e não devias ter feito o que fizeste, não querias ter feito o que fizeste, pois e agora? E agora nada. Se te arrependes é porque é mau, ninguém se arrepende de coisas boas.

Quantas vezes já tinhas caído para o lado se o arrependimento realmente matasse? Eu já teria ficado estendida no chão, no meio da estrada, dentro de água, fosse lá onde fosse, umas quantas vezes. Sorte a minha que aprendi algo com isso! O arrependimento é a maior prova que podemos receber de que aprendemos lições com os erros. Acho que é o único ponto positivo nesta brincadeira toda, ainda vamos conseguindo aprender umas lições, principalmente quando tropeçamos nos azares que nos salpicam o caminho. Levantamo-nos! Se não levantássemos depois do arrependimento é porque ele matava de facto...
Não mata mas mói. Isso não vai dar ao mesmo?


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