Capítulo 2.

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"Você vai ver o bico de banana, felpudo!"

A casa em que viviam quando ela tinha seis tinha uma massa de arvores num canto, e a grama tinha começado a crescer a tal ponto que quase passava de sua cabeça. Quinn gostava de fingir que era sua própria selva privada. Permitia que ela escapasse de sua vida para ser forte e livre. Ela amava sua família e seu pai era realmente um bom pai, que amava brincar com ela e a amava. Mas ele era duro com ela e tinha certas expectativas, junto com uma a imagem zelar. Ela estava correndo ao redor do quintal cantando Hakuna Matata e recolhendo bichinhos quando seu pai veio procurar por ela.

"Quinnie, é hora de entrar. Nós temos que sair para a igreja logo." Russell Fabray chamou, caminhando para o quintal. Quinn abaixou-se na grama atrás de uma árvore particularmente grande. Ela não queria ir a igreja hoje; queria brincar na selva e ser livre.

"Quinn!" Ele chamou novamente, "É melhor que não tenha sujado seu vestido brincando por aqui ou sua mãe vai ficar brava."

Ela olhou para o vestido perfeitamente branco e rosa florido que sua mãe tinha lhe vestido. Encolheu os ombros, parecia bom para ela. Não notou a grama em seus joelhos ou a sujeira na parte de trás de seu vestido. Ela podia ouvi-lo se aproximando e decidiu que deveria acabar com seu jogo.

Quinn rugiu ao saltar de seu esconderijo atrás da arvore. Seu pai estava de pé do outro lado e saltou no ar com surpresa, uma mão segurando o peito enquanto prendia a respiração. Ele riu olhando para ela, o cabelo bagunçado, suas mãos erguidas como gatas, boca bem aberta enquanto rugia. Ela realmente era uma leoazinha. Ele riu; provavelmente deveria esperar por isso, afinal Quinn fazia isso desde que tinha quatro anos e meio. Suspirou e balançou a cabeça para a travessura de sua filha mais nova.

"Olha o bico de banana tá com medo!" Quinn riu para si mesma.

"Do que você me chamou mocinha?"  O comportamento de Russell mudou  ao se recompor, agora com sua postura em altura máxima, elevando-se sobre sua pequena filha. Mesmo aceitando que as crianças gostassem de passar dos limites e brincar, ele não aceitava qualquer desrespeito para com ele.

"Eu não- Papai, eu só estava," Quinn foi interrompida por um forte tapa em seu traseiro, seu pai a pegou pela barriga, atirando-a debaixo do braço.

"Eu ouvi do que você me chamou, e não vou permitir que falte respeito comigo." Russell repreendeu duramente, marchando de volta para a casa. "Você pode me chamar de Papai, e só."

Quinn tinha começado a chorar antes mesmo de entrarem na casa. Russell a carregou até a sala de estar e se sentou em sua alta cadeira de couro; ele rapidamente posicionou Quinn em seu colo para uma surra.

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"E onde quer que essa jornada possa te levar, permita que essa oração seja seu guia.

Embora possa te levar pra muito longe, sempre lembre-se do seu orgulho."

Eles estavam passando o feirado em Nova York pelo aniversário de Quinn esse ano. Russel tinha uma reunião de negócios e Judy decidiu que todos viajariam de férias para acompanha-lo. Quinn e Fran se deram tão bem quanto poderia se esperar, elas foram a Estátua da Liberdade, até o topo do Empire State e brincaram no Central Park. Russel até as levou a um jogo de baseball. Fran aturava a natureza irritante e curiosa de sua irmãzinha, Quinn sabia quase tudo sobre leões naquela época e recitava tudo que passava por sua cabeça. Russell encorajou a obsessão de sua filha, imaginando que haviam piores modelos que ela poderia seguir. Leões eram fortes, corajosos, orgulhosos e estavam no topo da cadeia alimentar, todas as coisas que ele via como traços de caráter, então não se importava que sua filha os tivesse.

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