Pensamentos...

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Terça-Feira 29.03

Querido Diário,
Sei que faz tempo que eu não escrevo... Eu não tinha ideia do que eu estou a passar... Eu não tinha palavras para descrever o quão infeliz pareço ser... As pessoas a todo momento quer saber o que há de errado comigo. Mas eu não sei o que pensar, não sei o que falar, é algo involuntário.
Durante esses dias Henry me ligou, mandou mensagens até mesmo veio aqui... Mas eu não atendi as ligações, não respondi as mensagens e fingir está dormindo para não ter que vê-lo, não que o ver seja ruim... É que eu não quero ter que tentar explicar meus sentimentos. Eu me sinto destruída sem razão... Por que será que eu me sinto desse jeito? Daqui uma semana Clare vai viajar, ela conseguio que o chefe dela a deixasse levar Eliza e com o Jake por perto aprovo a decisão da Clare.
Tô ficando maluca? Talvez... Talvez... Ou sim estou.
Ai o que eu faço? Eu me sinto quebrada sem motivo, me excluo de tudo sem razão aparente. Amanhã retomo as aulas e eu sinceramente não quero sair da minha cama para ter que ouvir as pessoas me julgando o dia todo. Simplesmente é algo cansativo e destrutivo. Algo negativo pode acabar com todas as minhas esperanças num estralar de dedos, como posso ser tão pessimista? Como posso ser tão fragil? Não percebo como isso começou e não consigo ver um fim para tudo isso que estou passando ou ao menos pensando. Bom diário ... O que posso fazer comigo mesma? Não sei... Acho que por enquanto desabafar é a minha única opção. Vai ser assim... Até que tudo chegue ao fim.

Miranda Cameron
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Levanto da minha cama, ponho meu casaco e vou para o banheiro, após me despir entro no box e ligo o chuveiro deixando assim a água cair pelo meu corpo enquanto isso eu pensava no que fazer... Mas em relação ao o que? O que fazer da minha vida ... Só percebi que estava tempo demais no chuveiro quando meus dedos passaram a enrrugar então me ensaboei, me enxaguei e depois desliguei o chuveiro e coloquei a toalha em volta do meu corpo. De volta ao meu quarto escolho uma calça jeans preta, uma blusa violeta e uma sandália aberta e baixa cor preta. Me vesti e penteei meus cabelos deixando-os soltos. Saí de casa e passei a caminhar sem pensar aonde ir, eu só queria sair de casa.

-Miranda!

Henry... Me virei hesitante e me deparei com o moreno de cabelos castanhos até o ombro e os fantásticos olhos cor de esmeraldas.

-Ahm... Oi Henry

Falo mais baixo que esperava.

-Por que não quer falar comigo?

-Quem disse isso?

-Seus atos... Não atende minhas ligações, não responde minhas mensagens...

-É que... É que... Me desculpa... Eu só precisava de um tempo sozinha.

-O que está acontecendo me conta?

Eu não queria Falar nada... Não queria pensar ou me expor pra alguém por agora mas o Henry... Ai não sei... Ele é tão legal que eu não consigo esconder nada dele.

-Eu só me sinto um pouco triste...

-Mais sabe o motivo?

-Não. Esse é o problema.

-Tive uma ideia... Que tal proxima semana irmos a casa de praia dos meus pais?

-Eu não sei... A Clare vai viajar e eu-

-Miranda! Para okay? Vamos... Sua irmã já me disse que você se culpa por demais com coisas nada haver com você. Vem eu te ajudo.

-Certo... Okay!

-Outra coisa... Que tal assistirmos um filme hoje?

-Não quero sair de casa... Desculpa!

Abaixo a cabeça.

-E quem disse que vamos sair de casa? Eu levo a pizza e você separa os filmes Okay?!

Miranda nem pense em recusar. Ele é bom pra você e sabe disso!
Meu lindo e super gentil Subconciente atira.

-Pode ser Henry...

Sorrio para ele e vejo seus olhos brilhar .

-Certo estou em sua casa daqui uma hora certo?

-Okay!

Ele me dá um abraço e eu lhe dou um beijo na bochecha. Ele parece surpreso com minha atitude. Eu saí dali e fui para uma praça, sentei no banco e passei a observar as pessoas. As crianças tinham um sorriso incrivel estampado no rosto, os pais delas estavam a conversam animadamente. Como eles conseguem ser tão felizes? Por que eu não consigo ter esse sorriso despreocupado que as crianças tem? Ou conversar com outros animadamente como aqueles adultos ali?
Me levantei e comecei a caminhar perto de um lago. Passei por varias árvores até que eu vi uma menina atrá de uma pedra chorando e um diário ensanguentado e quando eu a olhei fixamente percebi que ela estava a cortar os pulsos. Quando está me viu saiu correndo e deixou seu diário ensaguentado no chão, me aproximei e o peguei mas quando o peguei caiu uma foto parecia ser a garota e uma menina, atrás da foto dizia:
"Acho que a única coisa que vai aliviar a minha dor é a morte."
Aquilo era depressão? Se eu tenho depressão? Sim aquilo era depressão, mas eu não o tenho. Não penso em me matar ou algo do tipo, só me sinto infeliz, nada demais acho eu.
Eu sei que não devia ler o diário da garota mais é que eu queria saber mais. Abri o diário e lá estava:
Pertence à: Merylin Mishell
Em memória de: Caroline Mishell.

A cada folha que eu lia, eu fica pasma. Como uma pessoa tão forte pode ter ficado tão fraca? Descobri que aquela menina da foto era a irmã caçula da garota que se auto-multilava. Ali naquele diário ela deixava suas dores fluir. Mas parecia não ser o suficiente porque em cada folha tinha sangue e seu discursso sobre como a morte pode resolver as coisas, eu nunca havia pensado da formar que ela pensava, nunca tive vontade de acabar com minha vida, eu não ouvia vozes... Bem só meu subconciente mais nada demais acho eu. Posso está sendo má por ler o diário mais a cada folha que eu leio mais eu quero saber da vida daquela garota.
Não é que seja algo que me identifique, é algo interessante. Fui lendo o diário até chegar em casa. Deixei o diário em cima da mesa subi tomei um banho rapido vesti uma calça leve e uma blusa folgada, prendi meu cabelo escolhe uns filmes e voltei a ler.
Nome-ei aquele diário de:
"Mente suícida"

Diary Secret-History [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora