Cálice de Fel...

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Não me reconheço nos teus sonhos


Asas da noite que o mar engole,


-como te atreves a sonhar-me?


Gota do nada, silêncio que te falava


Tentações vibrantes da sede incólume


Já mais, escorregarei na "Ínsula divina"


Cálice, me atentas, contra divino amor!



Vai-te de mim, má sorte, regente da noite,


Ladeias melosamente o quintal adormecido,


Dormindo, luar que me mantem enfeitiçado,


Doce perfume, gerbérias desfolhadas...


-Nada podes, absolutamente nada,


Sou entregue, livremente...



Levanta-te Afrodite, condena-me,


Antes entregue aos leões do coliseu,


Que aos prazeres enganosos da tua carne,


Vai-te de mim, sob deusa do Amor,


Nada me aprazes nesta triste saudade!



Alberto Cuddel®


30/03/2016

Tudo O Que Ainda Não EscreviOnde histórias criam vida. Descubra agora