Aperaltado, sua domingueira farpela
Seguem adiante, convicta personagem
Tragedia grega, rabula ensaiada nela
Filantropos de bolso, sim, libertinagem!
Lavam o olhar nas redondezas das saias,
Ensaiam lavrado palavreado cinzento
Cortejam, teatralmente damas saídas
Olhar solitário oculto, ávido, sedento!
Farsa rebuscada, teatral e elaborada,
Tudo é farsa, tudo é bloch, tudo é brilho,
Ensaios farsantes, já tudo, depois nada!
Desfilam, escondidos nos papeis, sopros,
Engano contido, amor, falso trocadilho,
À porta espera-te a vida, e todos os outros!
Alberto Cuddel®