Tabelada de fábrica

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06:30 da manhã, e eu aqui, uniformizada, o frio que faz lá fora me desanima, porém, o frio dentro de mim me congela a alma. A mesma rotina, nada de novo, apenas o batom que deixei de usar por preguiça. Me sinto um robô, programada para sempre fazer o mesmo.
A música de sempre ecoa em meus fones, as mesmas pessoas, o mesmo caminho, nada de novo, a não ser a mochila da pessoa ao lado, me sinto sem rumo neste rumo, indo sempre pela mesma trilha.
Sorrio por educação, e contenho o sono de uma noite mal dormida, contenho o choro a muito guardado, e penso "será que nada disso vai mudar?"
Penso no passado, em oportunidades que deixei passar por medo da reprovação. Sou jovem, não devia ter medo, mas tenho, não o medo costumeiro de pessoas, e sim, medo de mim, do que sou capaz de fazer contra mim mesma.
Mestre na arte da sabotagem, sempre estrago meu próprio caminho, acho que por isso foquei nessa rotina que tanto me incomoda.
Hoje farei diferente, voltarei para casa e dormirei, ao envés de estudar, acordarei quando preciso, não comerei a janta de sempre, farei omeletes para minha mãe, não verei TV sem ao menos prestar atenção, lerei um livro.
E assim, dar-me-ei férias, não dá vida, mas dá alma.

Queridos, eis aqui mais um texto, faz tempo que não postava então decidi postar um texto "bônus" espero muito que gostem.
A

ss: Kpenguin_

Crônicas De Um Unicórnio TímidoOnde histórias criam vida. Descubra agora